Aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Economia, Paulo Guedes, deixou em dúvida sua participação em um eventual segundo mandato do presidente. Segundo Guedes, o que o faria pular fora do barco seria o governo se transformar apenas em "conservador".
"É o que eu digo do entusiasmo. Se você tem a crença dentro [bate no peito], se ver que essa aliança de conservadores e liberais está seguindo, você está entusiasmado. Agora, se for um governo só conservador e não tiver...", afirmou, sem completar a frase, em entrevista à TV Jovem Pan News nesta segunda-feira (21).
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O ministro, porém, esforçou-se para puxar o saco do atual chefe, e atribuiu a "guinada" de Bolsonaro ao conservadorismo a "gente que quer desviá-lo", pois acha que as "estatais são boas".
"Eu acredito no presidente Bolsonaro, acho que ele quer o caminho da prosperidade. Agora, há atrativos, há entornos, tem gente que quer desviá-lo, tem gente que acha que as estatais são boas, que Correios, Casa da Moeda, Petrobras têm que ficar com governo mesmo. Aí se trocar de dirigismo de esquerda para dirigismo de direita, a gente conhece as experiências históricas e o que vai acontecer", disse.
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Guedes ressaltou, no entanto, que hoje responderia "sim" sobre sua eventual permanência em um segundo mandato e que não se arrepende de ter entrado no governo.
"Enquanto eu tiver a confiança dele [Bolsonaro] e entusiasmo, nós vamos estar juntos. Eu confio nele", disse, complementando: "Mil vezes haja esse confronto entre centro-direita e esquerda, mil vezes eu estou com a centro-direita. A esquerda tem o coração macio, mas o miolo mole."