Após pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira (18), apontar que Fernando Haddad (PT) lidera em todos os cenários a disputa pelo governo de São Paulo, o presidente do diretório do PT em São Paulo, Luiz Marinho, atesta: “Essa candidatura está consolidada”.
Haddad aparece, segundo o levantamento, com 38% das intenções de voto quando os eleitores são informados que ele será apoiado por Lula (PT) e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido). Em um cenário com Alckmin no páreo, Haddad e o ex-tucano empatam na liderança com 20% cada. Em outra simulação, sem Alckmin e com outros nomes da esquerda e centro-esquerda, o petista também lidera, com 28% das intenções de voto, 10% a mais que o segundo colocado, Márcio França (PSB), que vem com 18%.
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O PSB e o PT estão em processo de negociação sobre palanque em São Paulo e França, recentemente, admitiu que pode vir a abrir mão da candidatura se as pesquisas mostrarem Haddad com mais vantagem. Dessa forma, seu partido, o PSB, apoiaria a candidatura do ex-prefeito e lançaria um nome para concorrer ao Senado na mesma chapa.
À Fórum, o presidente do PT paulista, Luiz Marinho, afirma esperar que a nova pesquisa mostrando Haddad à frente “ajude a consolidar” uma aliança com o PSB no estado. Ele pondera, contudo, que não enxerga nenhum problema na possibilidade de França manter sua candidatura.
“Espero que isso [a vantagem de Haddad na pesquisa] ajude a consolidar [o apoio do PSB]. Evidente que, se para o PSB for importante a candidatura do Márcio França, nós respeitamos, não temos restrição de ter dois ou três palanques para o Lula em São Paulo. O que estamos seguros é que não podemos colocar qualquer dúvida sobre a candidatura Haddad. Essa candidatura representa, não só para o PT, mas para toda a esquerda, a grande chance de derrotar a direita”, avalia.
"Alckmin agrega"
Luiz Marinho afirma que a possibilidade de Alckmin ser candidato a vice-presidente na chapa liderada por Lula, para ele, está consolidada. O petista acredita que, caso essa aliança se confirme, o principal benefício será para a candidatura de Haddad, ainda mais que para a de Lula.
"Nesse movimento [de Alckmin ser vice de Lula], o principal beneficiado é o futuro do estado de São Paulo, não é nem nacional. Ajuda muito a definir o cenário paulista", pontua.
"O Alckmin já falou que a melhor alternativa, na visão dele, é Haddad governador", revela o petista. "Isso agrega bastante", conclui.