Após reunião de mais de duas horas com o presidente russo Vladimir Putin na manhã desta quarta-feira (16), Jair Bolsonaro (PL) chamou o líder da antiga nação comunista de "amigo" e disse que, entre outros temas, demonstrou interesse em reatores nucleares desenvolvidos no país.
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"No campo da energia existem amplas oportunidades para ampliarmos negócios na área de extração de gás, petróleo e derivados. Desejamos aprofundar nosso diálogo de alto nível em temas como exploração em águas profundas de hidrogênio. Temos interesse nos pequenos reatores nucleares modulares", disse Bolsonaro.
O Brasil já mantém desde 2019 diálogo com a estatal russa de energia atômica Rosatom, que desenvolve os reatores. Em vez de usar fontes renováveis - como o sol -, o governo Bolsonaro quer instalar pequenas usinas atômicas para atender determinadas demandas em parte do território brasileiro.
Líder na liberação de agrotóxicos, Bolsonaro ainda falou da parceria com o governo russo sobre o setor, quando chamou Putin de amigo.
"Existe muito interesse de nossa parte ao comércio de fertilizantes, no que sou grato ao prezado amigo".
Aceno aos radicais
Ao final de seu discurso ao lado de Putin, Bolsonaro ainda fez uma aceno aos apoiadores radicais, que têm propagado uma séria de fake news de que o presidente brasileiro estaria negociando a paz e evitando a "terceira guerra mundial", sobre a crise entre Rússia e EUA em torno da Ucrânia.
"O mundo é a nossa casa. E Deus está acima de todos nós. Pregamos a paz e respeitamos todo aqueles que agem dessa maneira, afinal de contas esse é um interesse de todos nós: paz para o mundo", disse Bolsonaro, antes de dar as mãos ao presidente russo.