ELEIÇÕES 2022

Rosangela Moro: TRE recomenda desaprovação de contas eleitorais da "Conja" de Moro

Eleita com mais de 217 mil votos por São Paulo, Rosangela pode ter que devolver cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos por irregularidades, enquanto Moro pode ter seu mandato, que ainda não começou, cassado.

Rosangela e Sergio Moro.Créditos: Instagram
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Identificando-se como "Conja" do Moro em seu perfil no Instagram, Rosângela Wolff Moro (União), eleita deputada federal por São Paulo com mais de 217 mil votos, também está enfrentando problemas com a Justiça Eleitoral, a exemplo do que acontece com o marido, Sergio Moro (União), que pode ter o mandato ao Senado ao cassado antes mesmo de assumir o posto.

Em parecer conclusivo a equipe técnica do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) recomenda a desaprovação das contas de Rosangela.

Segundo a coordenadora de contas eleitorais e partidárias, a deputada eleita cometeu ao menos duas irregularidades.

Rosângela teria usado "recursos de origem não identificada" e realizou "gastos eleitorais irregulares pagos com recursos do Fundo Partidário".

A análise prévia já foi apresentada a Rosangela Moro, que enviou argumentos que não foram suficientes para esclarecer as questões apontadas.

A irregularidade na prestação de contas, no entanto, não impede que a "conja de Moro" assuma o mandato na Câmara Federal. 

Caso seja condenada, Rosangela terá que devolver aos cofres públicos cerca de R$ 2 milhões em gastos irregulares durante a campanha.

Cassação do mandato

Na próxima quinta-feira (15), Sergio Moro (União) pode ter seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará início ao julgamento de duas ações contra o ex-juiz.

A primeira foi impetrada pela coligação PT, PCdoB e PV, que questiona o prazo de filiação do ex-juiz paranaense à sua legenda. A lei eleitoral exige que um candidato formalize seu vínculo com o partido com pelo menos seis meses de antecedência, mas Moro o fez num prazo muito menor. A condição já era suficiente para que sua candidatura sequer fosse aprovada pelo TRE-PR, mas ainda assim foi aceita.

Já a segunda ação, que ainda tramita no TRE-PR, foi postulada pelo PL, o partido de Jair Bolsonaro. Nela, os advogados da sigla sustentam que Moro gastou dinheiro supostamente ilegal em sua campanha, de forma antecipada, oriundo de doações.

As chances de que o antigo magistrado federal não assuma a cadeira são reais e ele tem reagido nas redes até com certo desespero, atacando adversários.