O Partido Liberal amarga uma multa no valor de R$ 22,9 milhões aplicada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e para piorar a situação, teve o fundo partidário bloqueado. Em busca de solução, Valdemar Costa Neto, que preside a legenda, faz verdadeiro périplo em Brasília tentando angariar apoio político para reverter a situação.
Após o PL, partido do ainda presidente Jair Bolsonaro, apresentar um relatório junto a um pedido de anulação de 279,3 mil urnas eletrônicas do segundo turno das eleições presidenciais 2022, o ministro Alexandre de Moraes não apenas rejeitou a ação golpista protocolada, como aplicou multa à legenda por litigância de má-fé. O ministro ainda determinou a suspensão do Fundo Partidário das legendas que compõe a coligação de Bolsonaro, revertendo depois a situação do PP e do Republicanos, que entraram com solicitação para serem excluídos da decisão. As agremiações alegaram que não foram consultadas pelo PL sobre a ação movida contra o sistema eleitoral, que pedia anulação de quase metade das urnas. Também disseram que o partido de Bolsonaro não tinha autorização para falar em nome deles nesse sentido.
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Conselho
Diante do cenário preocupante, Costa Neto recebeu orientação de aliados e assessores de buscar uma solução pela política. O conselho é para que o presidente do PL procure o vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB). A ideia não é propor aliança do partido do atual presidente com o novo governo, mas pedir ajuda de Alckmin para tentar desbloquear as contas do PL. A procura pelo vice-presidente eleito teria como motivação o fato de Alckmin ser próximo do presidente do TSE.
No final de novembro o PL chegou a entrar com um recurso junto ao TSE pedindo anulação da multa e fim da suspensão do Fundo Partidário. No documento, o partido ainda solicita, caso a decisão fosse mantida, que fosse feita uma alteração para que o bloqueio das contas do partido fosse apenas parcial. Afinal, segundo a sigla, a decisão de Moraes fazia referência ao bloqueio de verbas do Fundo Partidário, mas, ao travar todas as contas, atingiu também dinheiro do partido proveniente de outras fontes. Sem conseguir reverter a decisão de Moraes na esfera judicial, Valdemar foi orientado a tentar solucionar o problema pela via da política.
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Périplo
Nas últimas semanas, o dirigente do PL fez um périplo pela capital federal, atrás de ministros de tribunais superiores e presidentes de outros partidos do Centrão em busca de ajuda. Figuras como o ministro Gilmar Mendes, do STF; o ministro do TCU Jorge Oliveira, e os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do Republicanos, Marcos Pereira foram acionadas.