NOVO GOVERNO

Frente mais ampla: mais um partido adere à base de Lula antes da posse

Decisão foi tomada em reunião da direção nacional da sigla

Créditos: Eduardo Meirelles/Fórum
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Desde o final do primeiro turno das eleições presidenciais, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), só faz ampliar sua base de apoio. Antes para vencer o pleito, agora para garantir uma gestão ampla e angariar apoio no Congresso Nacional, fundamental à governabilidade. 

O futuro governo já conta com apoio de mais de uma dezena de partidos. Das agremiações que participarão da base governista, ao menos 9 estão com a chapa do PT e PSB desde o primeiro turno. Além dos partidos do presidente e do vice, compuseram a coligação majoritária: PV, PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir. Todos farão parte do futuro governo.

Nova adesão

No segundo turno, apenas duas siglas decidiram formalmente apoio ao presidente, sem significar necessariamente participação em um futuro governo: PDT e Cidadania. O partido trabalhista já havia deliberado a respeito, mas o Cidadania decidiu nesta quarta-feira (28), em reunião de sua direção nacional, que apoiará o novo governo. Foram com 16 votos favoráveis do total de 21 participantes do encontro. O presidente da legenda, Roberto Freire, não participou do encontro. Outros 4 dirigentes faltaram ao encontro. Os 5 parlamentares do partido na Câmara Federal preferiam a independência, enquanto os eleitos para o senado defendiam a aliança com o governo.

Como Lula ainda está na fase de ajustes finais do anúncio de ministérios, a decisão pode render um convite à legenda. Especula-se que a mais cotada seja a senadora Eliziane Gama (MA), que poderia ser chamada a assumir a pasta do Turismo. A parlamentar apoiou a capa Lula-Alckmin no segundo turno das eleições e participou do conselho político do gabinete de transição. Outra possibilidade é acomodar quadros da agremiação em cargos de segundo escalão, caso não seja acertado nenhum ministério.

Podemos

Em federação com o PSDB, o Cidadania apoiou Simone Tebet (MDB) à presidência e concordou com a indicação de Mara Gabrilli (PSDB) como vice da chapa. No período recente surgiram articulações para a inclusão do Podemos na federação. No entanto, a legenda tem indicado que será oposição a Lula assim como os tucanos, o que leva o Cidadania a rejeitar a participação da nova legenda no arranjo.

Além dos partidos que o apoiaram nas eleições, Lula já conquistou o apoio do MDB, do PSD e do União Brasil, que terão espaço em ministérios.