A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai tomar uma nova medida com o objetivo de garantir a segurança do mandatário, aliados e da população em geral durante cerimônia de posse, marcada para 1º de janeiro em Brasília, e também nos dias da véspera e subsequentes ao evento.
A capital federal vive momentos de tensão diante da tentativa de atentado terrorista no último sábado (24), quando uma bomba foi encontrada junto a um caminhão-tanque nas imediações do aeroporto da cidade. George Washington de Oliveira Sousa foi preso e confessou ter fabricado o artefato.
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As investigações indicam a participação de ao menos 6 pessoas na ação, idealizada e parcialmente operada dentro do acampamento instalado por extremistas que apoiam o quase ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Quartel General do Exército.
Antes disso, em 12 de dezembro, fanáticos apoiadores de Bolsonaro já tinham promovido uma noite de terror em Brasília, queimando carros, ônibus e tentando invadir o prédio da Polícia Federal.
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Por conta dessas tentativas e ameaças terroristas, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Flávio Dino, informou nesta terça-feira (27) que protocolou, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que o porte de armas seja suspenso no Distrito Federal nos próximos dias. A ação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos, e deve ser apreciado já nesta quarta-feira (28).
“O objetivo é que mesmo as pessoas que sejam eventualmente detentoras de autorizações, de portes, por exemplo, CACS, tenham essa suspensão por ordem judicial para que fique configurada que qualquer porte de arma nesse período será considerada crime. O requerimento vai ser apresentado nesta tarde. E nós esperamos que com o deferimento nós tenhamos mais uma camada de proteção”, afirmou Dino em coletiva de imprensa.
Desfile em carro aberto
Dino disse ainda, na mesma coletiva de imprensa, que ainda não está definido se Lula, na cerimônia de posse, fará ou não o tradicional desfile em carro aberto. O futuro ministro salientou, contudo, que a segurança será garantida de modo a deixar para que o próprio presidente eleito decida sobre a questão.
“Estamos com todos os cenários organizados. É um evento de alta complexidade envolvendo centenas de milhares de pessoas. O planejamento é dinâmico. Neste caso do veículo teremos as duas possibilidades até por assuntos climáticos. Então o presidente terá para decisão no último momento, ou seja, no começo da tarde do dia 1º, ou carro aberto ou carro fechado”, declarou.