GOVERNO LULA

Quem é o novo diretor da PRF indicado por Flávio Dino

O novo escolhido, Antônio Fernando Oliveira, é advogado, policial rodoviário federal, pós-graduado em direito tributário e mestrando em Ciências Jurídicas

Antônio Fernando Oliveira é admirador de Fidel Castro.Créditos: Reprodução/Facebook
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Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça do governo Lula (PT), decidiu, nesta quarta-feira (21), mudar a indicação de Edmar Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O escolhido é o policial rodoviário Antônio Fernando Oliveira.

O novo nome para ocupar o cargo é advogado, policial rodoviário federal, pós-graduado em direito tributário e mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL).

Com 56 anos, Antônio Fernando Oliveira, em suas redes sociais, aparece vestido com um quepe similar ao que era utilizado por Fidel Castro, líder cubano que morreu em 2016, de quem é fã. Durante a campanha deste ano, ele declarou apoio ao presidente eleito Lula (PT).

O escolhido para comandar a PRF ingressou no serviço público na 10ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal na Bahia no início dos anos 1990.

De acordo com o UOL, Oliveira se tornou amigo de Flávio Dino no Maranhão, com quem trabalhou em seu mandato como deputado federal e, em seguida, governador, na Assessoria de Planejamento do Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Detran).

Em 2021, recebeu o título de cidadão de São Luís, capital do Maranhão, onde mora desde 1996, depois de concluir graduação em odontologia. Ele também é formado em direito e mestre em ciências jurídicas.

Nova indicação breca onda de protestos

A indicação de Camata havia gerado uma onda de protestos por parte de petistas pelo fato de o escolhido ser um notório lavajatista e já ter se manifestado favoravelmente à prisão de Lula nas redes sociais. 

Segundo Dino, diante da polêmica, ele e sua equipe optaram por indicar um novo nome, apesar de dizer que "reconhece" a qualidade do currículo de Camata. Ele afirmou que a substituição do nome que vai comandar a PRF se deu por uma questão "política".

"Fizemos uma pesquisa de todas as pessoas e levamos em conta menos as visões pretéritas e mais o presente e o futuro, porque somente os mortos não evoluem. Mas nós precisamos ao olhar o futuro e examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição. Então, realmente não se trata de um julgamento de situações pretéritas. Em meio a polêmicas, você acaba por dissipar energias em uma área quer você precisa de foco (...)  Não há julgamento de desvalor, mas uma avaliação puramente política", justificou Dino em coletiva de imprensa. 

"Em relação a posições dele pretéritas sobre Lava Jato, Sergio Moro, Dallagnol, sim, claro, mas volto a dizer, não é um critério, mas aí a questão é que houve uma postagem particular e outras, enfim, realmente não é um julgamento sobre o que ele achava em 2017 e 2018, porque realmente não é um critério, a meu ver, determinante, mas em face da polêmica, é claro, que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos", disse ainda. 

Os outros anúncios feitos por Dino são:

Secretaria Nacional de Assuntos Legislativos: deputado Elias Vaz (PSB-GO);

Secretaria Nacional de Políticas Penais: Coronel Nivaldo Cesar Restivo, da Polícia Militar de São Paulo;

Secretaria nacional de Política sobre Drogas: Marta Rodrigues de Assis Machado;

Secretaria Nacional de Segurança Pública: deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE);

Diretoria de Promoção de Direitos: Roseli Faria. Economista, servidora e integrante da Coalização Direitos Valem Mais;

Diretoria de Acesso à Justiça: Jonatan Galvão. Advogado pela Universidade Federal do Maranhão, estado onde foi secretário-adjunto de Direitos Humanos.