CANETADAS

Gabinete do ódio orienta Bolsonaro a usar a Bic para atrapalhar transição

Recluso no Planalto, presidente é aconselhado a assinar qualquer documento que possa criar problemas para o governo Lula

Créditos: Clauber Cleber Caetano/PR
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Acostumado a usar a expressão "caneta bic" para se referir a determinações do Poder Executivo que não dependam de qualquer outra instância, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido aconselhado pelo gabinete do ódio a assinar qualquer documento que possa atrapalhar a transição ou criar problemas ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é de Andréia Sadi, do G1. 

Embora tenha feito uma aparição pública nesta quinta (1º), Bolsonaro está recluso no Palácio do Planalto e calado há quase um mês. Ainda que se especule sobre seu estado emocional, ele segue presidente da República. Suas canetadas nesses poucos dias de mandato que lhe restam, podem criar dificuldades ao futuro presidente. Afinal, o fato de estar calado e recluso não significa que o presidente se tornou pacífico.

Longe do centrão

Sadi afirma que auxiliares têm sido seus principais conselheiros, especialmente pela distância estabelecida pelo centrão em relação a sua figura. O bloqueio do pagamento das emendas de relator operado na última quarta (30/11), o orçamento secreto, certamente não ajudará a reaproximar as relações. Feito um dia após reunião de Lula com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a decisão, que visa atingir tanto Lira quanto Lula, tende a ser um tiro no pé, reforçando o isolamento de Bolsonaro.

Esses auxiliares, o chamado gabinete do ódio, estariam defendendo uma "operação caneta Bic" que dificulte a transição do governo Bolsonaro para o governo Lula. Quaisquer atos que possam ser implementados nesta reta final só complementariam um cenário que já recebeu o apelido de "herança maldita". Os dados revelados pelo governo de transição mostram um cenário de terra arrasada deixado pelo governo Bolsonaro. 

Posse

Enquanto Bolsonaro e seu gabinete do ódio planejam dificultar a vida do governo de transição, equipe de Lula planeja uma grande festa de posse no dia 1º de janeiro, contando com o prestígio de chefes de Estados de diversos países. Com programação coordenada pela socióloga Rosângela Lula da Silva, a Janja, após a solenidade oficial, a posse será celebrada no Festival do Futuro, com a presença de mais de 20 atrações musicais.