No apagar das luzes do governo, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, investigado por usar o cargo para fazer campanha para Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, ganhou um prêmio pelos serviços prestados: um novo cargo como integrante da Comissão de Coordenação da Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro.
Responsável pelos bloqueios da PRF especialmente no Nordeste no dia 30 de outubro, para tentar impedir que eleitores de Lula (PT) chegassem ao local da votação, Vasques ganhou o cargo de presente do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
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A nomeação aconteceu no dia 6 de dezembro, quando o diretor da PRF estaria voltando de férias. Ele tirou 20 dias de recesso por causa dos questionamento sobre a atuação nas eleições.
Indiciamento
No final de novembro, o juiz federal do Rio, José Arthur Diniz Borges, atendeu pedido do procurador Eduardo Benones, do Ministério Público Federal (MPF) e indiciou o PRF por improbidade administrativa depois de fazer uso indevido do cargo durante as eleições e de, inclusive, ter pedido de forma irregular votos para o presidente derrotado.
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Em outro pedido, Benones pede ainda que Silvinei seja afastado do cargo por 90 dias. Com relação a isso, o juiz afirmou que primeiro quer ouvir o Diretor Geral, dar um prazo de 30 dias, para depois tomar uma decisão.