Nesta sexta (9) o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista coletiva acompanhado dos cinco nomes que anunciou como futuros ministros de seu governo, a partir de 1º de janeiro de 2023. Ao final do evento, alguns jornalistas interceptaram o futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), para fazer mais algumas perguntas.
Na entrevista realizada no estacionamento do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde trabalha a equipe de transição, Dino falou aos jornalistas sobre o Gabinete de Segurança Institucional, sobre a proposta de "revogaço" da legislação armamentista e a respeito de políticas consideradas estratégicas em sua pasta.
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Revogaço
Dino afirmou ainda que proposta técnica de revogação do conjunto de legislações que flexibilizaram o acesso a armas e munição estará pronta na próxima segunda (12), data da diplomação dos candidatos eleitos em 2022. A partir de então, diz que a missão dada por Lula é de elaborar uma nova regulamentação. Em seguida defendeu o estabelecimento de uma cultura da paz, argumentando que o armamentismo propicia crimes de ódio, violência nos lares e escolas. "Todas as pessoas serão desarmadas? Não. Todos os clubes de tiro serão fechados? Também não. O que o presidente Lula determinou é o fim dos abusos, é o fim do liberou geral", detalhou.
Durante a entrevista coletiva, Lula disse que há intenção de desmembrar a pasta comandada pelo ex-governador do Maranhão, criando o Ministério da Segurança Pública separado do Ministério da Justiça, mas deixou claro que não será no início do governo. "Vamos primeiro arrumar a casa", disse. Para Flávio Dino, isso será uma questão a ser debatida durante a gestão, em diálogo com estados e municípios. Fez questão de destacar diretrizes fixadas pelo presidente eleito para o ministério em seu anúncio, como a retomada do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
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GSI
Perguntado por um jornalista se a segurança pública permanecerá sendo feita pela Polícia Federal, como tem sido atualmente, ou se passará "para o Gabinete de Segurança Institucional do General Heleno", Dino foi taxativo: “primeiro que o GSI não é do general Heleno, ele sairá no dia 31 de dezembro e é claro que a instituição continua”.
Ele ainda afirmou que a Polícia Federal está pronta para seguir fazendo a segurança de Lula, como o delegado Andrei Rodrigues tem feito, e deixou claro que a definição compete ao próprio presidente da república. Rodrigues foi anunciado para assumir o comando da Polícia Federal na própria gestão. Em seguida, o futuro ministro disse que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) será "recuperado no que se refere aos seus compromissos legais, ou seja, essa politização indevida irá cessar".
Confira a entrevista completa no vídeo a seguir: