A decisão história do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que aplicou multa de R$ 22,9 milhões e classificou como "total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido" a ação do PL que pedia a anulação de parte das urnas apenas no segundo turno das eleições para dar a vitória a Jair Bolsonaro (PL), calou o clã presidencial, que não se pronunciou desde a decisão, e desnorteou grupos golpistas, que agora pedem "artigo 142" e "GLO" - a Garantia da Lei e da Ordem - e marcaram ato para a hora do jogo de estreia do Brasil, contra a Sérvia, às 15h desta quinta-feira (24) em frente aos quartéis.
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Sem orientação de Bolsonaro e da família, os apoiadores levantaram duas hashtags no Twitter após a decisão de Moraes, divulgada na noite desta quarta: "Artigo 142" e #EuAutorizoPresidente".
Em uma interpretação torta, os golpistas querem que Bolsonaro acione o artigo 142 da Constituição, que fala das atribuições das Forças Armadas que, na visão golpista, teria o poder de arbitrar conflito entre os poderes para "garantia da Lei e da Ordem".
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Em grupos de aplicativos, os golpistas convocaram atos em frente aos quartéis na hora do jogo da seleção brasileira e chegaram até mesmo a fazer enquetes sobre o destino de Alexandre de Moraes, colocando como opção "pena de morte por crime de lesa pátria". A pena, no entanto, inexiste no código penal brasileiro.
Em meio ao delírio golpista, os apoiadores de Bolsonaro chegaram até mesmo a comemorar a decisão de Moraes que, segundo um tuite de "Rodrigo Lima" propagado nos grupos, "fez o que mais queríakos, negou o pedido do PL e enforcou-se de vez com uma multa para o partido".
"Agora, o próximo passo que é a GLO ganhou força. Agora é com o povo e com o presidente", diz o texto, sem contar, no entanto, que Bolsonaro segue enclausurado entre os palácios da Alvorada e do Planalto.
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