Após quase 30 dias em silêncio e tendo aparecido apenas uma vez em público, o ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá sair da reclusão para participar de um evento em uma unidade militar cercada por golpistas que não aceitam o resultado das eleições.
O Palácio do Planalto informou, nesta terça-feira (24), que Bolsonaro participará de uma cerimônia, no próximo sábado (26), na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Rezende (RJ).
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Assim como outras unidades militares pelo país, o local está cercado por bolsonaristas, que clamam por uma intervenção golpista das Forças Armadas contra o resultado das urnas.
A agenda de Bolsonaro com militares e próxima aos golpistas acontece em meio à tentativa de seu partido, o PL, de anular votos do segundo turno da eleição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou a ação e ainda aplicou multa de R$ 22,9 milhões à legenda por litigância de má-fé.
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Reunião com militares
Recluso entre os Palácios da Alvorada e do Planalto, Jair Bolsonaro (PL) recebeu o candidato derrotado a vice, general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e militares da Aeronáutica e do Exército na manhã desta quinta-feira (24), em encontro fora da agenda oficial.
A reunião no Alvorada acontece menos de 24 horas após a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que aplicou multa de R$ 22,9 milhões e classificou como "total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido" a ação em que o PL pedia a anulação de parte das urnas, apenas no segundo turno das eleições, para dar a vitória a Bolsonaro.
Na agenda oficial desta quinta, Bolsonaro marcou apenas um compromisso, às 11h no Palácio do Planalto, com Renato de Lima França, Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.