O pastor golpista Jackson Villar foi interrompido no exato momento em que fazia uma transmissão ao vivo neste domingo (20), direto da Praça da Sé, em São Paulo.
O pastor anunciava a chegada de militares ao local, quando a juíza federal e coordenadora do evento, Marisa Cucio, pediu para falar e explicar que não se tratava de uma intervenção militar, mas sim de uma ação social para moradores de rua.
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“Eu tenho medo das notícias que as pessoas fazem, que o pessoal diz que vai ter intervenção militar e eu não vou conseguir atender a população de rua”, disse a juíza.
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O golpista perguntou: “o Exército tem que fazer obra social?”
Um militar que estava presente respondeu que o Exército era só uma peça da operação. O sujeito, que vestia camiseta da seleção brasileira, disse a seguir: “já estão dizendo que a cobra ia fumar, viu?”
O militar responde: “a cobra fumou na Segunda Guerra”.
Veja o vídeo abaixo:
Acusado de crimes eleitorais
O pastor Jackson Villar da Silva, evangélico que se intitula comerciante, radialista, conservador, presidente do “Acelera Para Cristo” e organizador da motociata com o presidente derrotado Jair Bolsonaro em junho de 2021, é acusado de propor uma espécie de “eleição paralela”, em que diz que vai provar “fraude nas urnas”.
As ações começaram logo após o primeiro turno em um grupo de extrema direita no Telegram chamado “Nova Direita 70 milhões”, com 182 mil membros,
“Só não pode falar que vai provar a fraude. Se falar isso aí os caras vão derrubar o canal. Tem que ser uma coisa sutil, com sabedoria, entendeu?”, diz nos chats.
Villar insinua ainda a necessidade de cometer crimes diante do cenário desfavorável ao seu candidato, Jair Bolsonaro. Ele fala, por exemplo, sobre a necessidade de “quebrar esquerdistas no cacete”, conclama seus seguidores a “quebrar a urna eletrônica no pau” e afirma que “cientista político tem que apanhar”.