Apático e depressivo, segundo assessores próximos, Jair Bolsonaro (PL) terceirizou o governo mas ainda causa apreensão entre aliados, principalmente na cúpula de seu partido, pelo comportamento incalculável nos próximos 45 dias que marcam o fim de seu mandato na Presidência da República.
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Apesar de ter dado aval, por meio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para a transição de governo, Bolsonaro segue "inconformado" com o resultado das eleições, segundo caciques do PL ouvidos por Bela Megale, em reportagem no jornal O Globo desta quinta-feira (17).
Há receio de que Bolsonaro tente a última cartada inflamando os apoiadores radicais que ainda insistem em atos golpistas em frente a quartéis das Forças Armadas.
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O silêncio de Bolsonaro seria um conselho para evitar um confronto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em especial com o presidente da corte, Alexandre de Moraes.
O resultado do conflito poderia resultar em medidas judiciais contra Bolsonaro ao final do governo, causando turbulência na transição.
Bolsonaro teria concordado com o silêncio - em parte responsável por sua apatia -, mas discorda em reconhecer a derrota. Sem aparições públicas, até mesmo em redes sociais, o comportamento do presidente que deixa o cargo em 1º de janeiro de 2023 é uma incógnita até mesmo para assessores mais próximos.