ELEIÇÕES 2022

Romeu Zema: Ministério Público Eleitoral recomenda desaprovação das contas da sua campanha

Parecer questiona somas de mais de R$ 2,8 milhões e aponta falhas que comprometem a "transparência e a lisura" das informações

Romeu Zema.Créditos: Cristiano Machado / Imprensa MG
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O Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a desaprovação das contas da campanha à reeleição do governador mineiro Romeu Zema (Novo) à Justiça Eleitoral.

Um parecer enviado nesta sexta-feira (11), pelo procurador Eduardo Morato Fonseca encaminhou, ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), afirma haver "graves inconsistências e irregularidades" no balanço apresentado por Zema.

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Com valores questionados pelo MPE que somam mais de R$ 2,8 milhões, o parecer aponta falhas que comprometem a "transparência e a lisura" das informações.

O parecer afirma que duas notas fiscais referentes a serviços prestados pela Palhares Assessoria e Marketing Político não foram anexadas à prestação de contas. Juntos, os extratos correspondem a cerca de R$ 11,4 mil.

Funcionários da Palhares protestaram

Funcionários contratados pela Palhares protestaram por pagamentos atrasados em frente ao comitê de campanha do governador na véspera do primeiro turno.

A defesa de Zema, segundo o Estado de Minas, alegou que a contratação é alvo de outro processo judicial - que trata, justamente, das dissonâncias entre a empresa e a coalizão do governador. O MPE, porém, rebateu apontando que, na verdade, a discussão na Justiça sobre a relação entre a empresa de assessoria política e a campanha do Novo diz respeito a uma terceira nota fiscal, de R$ 970 mil. Portanto, na avaliação de Fonseca, os R$ 11,4 mil devem ser incluídos no balanço.

Para o MPE, neste momento, o débito total da campanha de Zema com a Palhares Assessoria é de R$ 470 mil. Segundo o procurador, mesmo que a empresa e o Novo travem batalha judicial sobre o contrato firmado, o valor precisaria constar na prestação de contas.

Veja reportagem completa no Estado de Minas