ELEIÇÕES 2022

Flávio Dino diz que silêncio de Bolsonaro estimula arruaça de caminhoneiros

Ex-governador e senador eleito considera que os atos são isolados, “mas não significa que não sejam graves”

Flavio Dino.Créditos: Marcos Corrêa/PR
Escrito en POLÍTICA el

O ex-governador e senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB) afirmou em entrevista ao Globo publicada nesta terça-feira (1º), que as arruaças e bloqueios provocados pelos caminhoneiros em alguns pontos do país sã estimulados pelo silêncio do presidente derrotado nas urnas Jair Bolsonaro (PL).

“Infelizmente, é coerente com uma pessoa que tem muita intolerância com as boas práticas democráticas. É o Bolsonaro sendo Bolsonaro. Na verdade, de modo oportunista, com esse silêncio, ele está estimulando essas arruaças nas rodovias. Mais uma vez, Bolsonaro agride o Estado democrático de Direito”, afirmou.

- Querem nos calar! A Fórum precisa de você para pagar processos urgentes. Clique aqui para ajudar

O ex-governador considera que houve nessa eleição aparelhamento das instituições para fins partidários. “Em relação a esse episódio dos caminhoneiros, temos crimes sendo perpetrados em flagrante, e a PRF está, em muitos casos, apenas acompanhando”, reitera.

Atos isolados

Para Dino, os atos são isolados, “mas não significa que não sejam graves”. Para ele, “não cabe ao presidente eleito tomar qualquer providência. Cabe ao atual governo aplicar a lei. Vemos internamente e internacionalmente o reconhecimento quanto à legitimidade da eleição. Os bloqueios das rodovias são lamentáveis, mas não parecem sinalizar risco de golpe de Estado, ou seja, de nenhuma virada de mesa no Brasil nesse momento’, conclui.

Ao final, Flávio Dino diz ser imprescindível fazer uma revisão nas medidas que estimulam o armamento da população. “Vimos o Roberto Jefferson dando tiro e jogando granadas em policiais federais e, depois, a deputada Carla Zambelli com uma pistola em punho correndo pelas ruas de São Paulo. Armas são necessárias, infelizmente, porém, não podem estar nas mãos de qualquer pessoa. Esses decretos são absolutamente ilegais, são uma ameaça à segurança pública. A retomada da visão correta alinhada com as melhores práticas internacionais é uma prioridade que a gente deve buscar”, encerra.

Com informações do Globo