ELEIÇÕES 2022

VÍDEO - Jair e Carlos Bolsonaro defendem política higienista contra pobres: "cresce e vira gado"

Em quase três décadas na Câmara, Jair Bolsonaro defendeu repetidamente uma política de esterilização aos moldes de Hitler na Alemanha nazista. "Não têm expectativa alguma a não ser inclusas em programas sociais".

Carlos e Jair Bolsonaro.Créditos: Flickr Bolsonaro
Escrito en POLÍTICA el

Um novo vídeo resgatado nas redes sociais mostra Jair Bolsonaro (PL) e o filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL), defendendo uma política higienista contra os brasileiros mais pobres, em política semelhante a realizada por Adolph Hitler durante a Ditadura nazista na Alemanha.

"Eu acredito em uma política de controle de natalidade que hoje em dia existem mais ou menos que hoje existem cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil que nascem e elas normalmente não têm expectativa de vida alguma a não ser inclusas em programas sociais e nesses programas sociais, elas acabam virando gado do governo federal", diz Carlos.

O vídeo ainda mostra um discurso de Jair Bolsonaro quando era deputado em que reclama do número de pobres que frequentam a praia no Rio de Janeiro.

"Não aconselho ninguém a ir à praia lá no meu querido Rio de Janeiro num sábado ou domingo de muito sol porque não tem lugar mais para se deitar. Ou se fica em pé, ou se fica dentro d'água ou se fica no calçadão. É gente demais. Nós temos que colocar um ponto final nisso se quisermos produzir felicidade em nosso país", diz Bolsonaro no vídeo, que mostra ainda o uso eleitoreiro do uso do Auxílio Brasil nas eleições feito por ele.

Esterilização em massa

Durante os quase 30 anos em que esteve na Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro defendeu uma política de esterilização em massa da população pobre, a exemplo do que fez Hitler ao defender a raça ariana na Alemanha nazista.

"Defendo a pena de morte e o rígido controle de natalidade, porque vejo a violência e a miséria cada vez mais se espalhando neste país. Quem não tem condições de ter filhos não deve tê-los. É o que defendo, e não estou preocupado com votos para o futuro”, disse ele em 1993 no plenário na Câmara.

Em 2003, já no governo Lula, Bolsonaro atacou o Bolsa Famíla para defender a política higienista.

“Já está mais do que na hora de discutirmos uma política que venha a conter essa explosão demográfica, caso contrário ficaremos apenas votando nesta Casa matérias do tipo Bolsa Família, empréstimos para pobres, vale-gás etc”.

Cinco anos depois, já no segundo mandato do petista, Bolsonaro voltou a ter ataques de surtos ao defender a medida contra pobres.

“Não adianta nem falar em educação porque a maioria do povo não está preparada para receber educação e não vai se educar. Só o controle da natalidade pode nos salvar do caos”, disse em julho de 2008.

“Tem que dar meios para quem, lamentavelmente, é ignorante e não tem meios controlar a sua prole. Porque nós aqui controlamos a nossa. O pessoal pobre não controla [a dele]”, afirmou em 2011, já no primeiro ano do governo Dilma Rousseff (PT).