Nesta quarta-feira (5) Simone Tebet (MDB) declarou seu voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poucas horas depois do seu partido soltar uma nota liberando os quadros para apoiarem quem desejassem. Tebet, que foi a terceira colocada no primeiro turno das eleições com quase 5% dos votos válidos, convocou uma coletiva de imprensa na tarde de hoje para anunciar seu apoio à candidatura petista.
"O Brasil está afundado em ódio e desavenças. A negação tomou o lugar das vacinas e o ódio o dos livros. A iniquidade fez curvar a esperança e a mentira tomou o lugar da verdade. O Brasil voltou ao mapa da fome, e o orçamento público tornou-se secreto. Depositarei em Lula o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente”, disse a emedebista para, em seguida confirmar que entregou um manifesto para o vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), com cinco proposições que gostaria que incluíssem no plano de governo.
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Ela e Alckmin se reuniram na última terça (4), quando o documento foi entregue e nesta quarta Tebet almoçou na casa de Marta Suplicy na companhia de Lula. Mais tarde, em coletiva de imprensa com governadores e senadores o ex-presidente elogiou a senadora e presidenciável, festejou a “aliança programática” entre eles e prometeu que incluiria os pontos.
“A Simone Tebet lançou um bom manifesto, com 5 propostas para colocarmos no programa de governo. Acho muito importante que as coisas sejam construídas assim. Não é um apoio formal, é um apoio programático”, disse Lula.
Trata-se do Manifesto ao Povo Brasileiro, que a emedebista publicou em seu site oficial. Nele faz uma rápida reflexão sobre sua campanha, os desafios do país e elenca os cinco pontos reivindicados junto à campanha petista. Veja a seguir quais são.
As 5 propostas que Simone Tebet
1. Ajudar municípios a zerar as filas na educação infantil, ajudar estados a implementar Ensino Médio técnico e pagar poupança para jovens que concluírem o EM;
2. Zerar as filas de exames, consultas e cirurgias atrasadas devido à pandemia, aumentando repasses para o SUS;
3. "Resolver o problema do endividamento das famílias", especialmente as que ganham até 3 salários mínimos;
4. Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que exerçam a mesma função;
5. "Ministério plural" com homens, mulheres, negros e pessoas com deficiência.