Na manhã desta quarta-feira (5) a tag "Baphomet" estava entre os assuntos mais comentados das redes e isso tem relação direta com a revelação da participação de Bolsonaro (PL) em reuniões em lojas maçons.
Porém, uma questão chamou a atenção dos internautas e até mesmo de eleitores do presidente que ficaram indignados: a presença da imagem de uma criatura com aspectos de um bode nos recintos onde aparece o presidente acompanhado de outros homens.
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A imagem em questão faz referência a Baphomet que, para as religiões cristãs é classificado como uma das imagens do demônio, pois, ela é um símbolo associado à magia, alquimia, à bruxaria, satanismo e ao esoterismo. Com a ascensão do cristianismo e perseguição aos pagãos.
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Quem é Baphomet
Baphomet (leia-se Bafomé) é uma criatura que aparece como símbolo pagão em relatos do julgamento da inquisição dos Cavaleiros Templários no século XIV.
A origem da figura de Baphomet como algo maligno e herético é repleta de conflitos históricos, mas o mais consistente se dá em torno da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, fundada em 1118.
Os cavaleiros foram designados para proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa, para tanto, receberam com área para sua sede o território que hoje corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém.
Relatos mitológicos dão conta de que os Cavaleiros se tornaram ricos e poderosos. Tal riqueza levantou suspeita sobre os Cavaleiros. Sendo a principal a de que eles mantinham algum tipo de ocultismo e pactos que lhes rendeu poder e riqueza.
Em 1307, o rei francês Felipe, o Belo, juntamente com o Papa Clemente V, manda prender os Cavaleiros, que são torturados e condenados à fogueira sob a acusação de heresia.
O monarca francês os acusava de adoração ao diabo na figura que se chamava Baphomet. A partir daí, Baphomet torna-se da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da morte dos templários na fogueira.
Posteriormente aos Templários, a representação mais conhecida de Baphomet se deu pelas mãos de Éliphas Lévi, considerado um dos ocultistas mais popular do século XIX.
Em seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Levi classifica a imagem de Baphomet como a "magia absoluta".
Levi explica: "O facho representa a inteligência do ternário; a cabeça de bode a responsabilidade da matéria e expiação dos pecados, as mãos humanas a santidade do trabalho".
O Baphomet popularizado por Levi serviria de referência para o místico Aleister Crowley, para quem Baphomet é uma criatura andrógina e que congrega a vida e o amor, o medo, a luz e a liberdade absoluta.
Aleister Crowley é, provavelmente, o místico mais popular e sua história serviu de base para filmes e músicas do cantor Ozzy Osbourne.