ELEIÇÕES 2022

Lula diz que Bolsonaro "chora, esperneia" com "auditoria" em rádios: "Sabe que vai perder"

Lula ainda afirmou que o relatório apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é fruto de "incompetência" da equipe de Bolsonaro, que estaria "desestruturado psicologicamente".

Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

Em entrevista a rede rádios Clube FM na manhã desta quinta-feira (27), Lula (PT) disse que a nova tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de tumultuar as eleições com auditória sobre a propaganda eleitoral nas rádios do Nordeste é "choro de perdedor".

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"É o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições”, disse. “O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perde", emendou.

Lula ainda afirmou que o relatório apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é fruto de "incompetência" da equipe de Bolsonaro, que estaria "desestruturado psicologicamente".

“Isso [relatório] é uma coisa da incompetência da equipe dele. Do ponto de vista psicológico ele está um pouco desestruturado”, afirmou Lula.

Discurso de derrotado

Na coletiva convocada às pressas na noite desta quarta-feira (26), Bolsonaro adotou um discurso de derrota pra comentar a decisão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que rejeitou a ação da campanha do mandatário sobre suposta "fraude" em inserções da propaganda eleitoral gratuita em rádios, principalmente do Nordeste. 

"Em certos locais que eu achei que eu iria bem e iria ganhar., vimos que perdemos (...) Certamente, ou com toda certeza, as inserções fizeram a diferença. Ou poderiam ter feito a diferença", declarou, se referindo ao resultado da votação no primeiro turno. 

Bolsonaro ainda reclamou que sua equipe "virou a noite" para entregar o relatório com as supostas provas a Moraes dentro do prazo e que o ministro "matou no peito" a ação. Ele citou por mais de uma vez a empresa que contratou para fazer a "auditoria", sendo que a companhia em questão atua na área de marketing. "Ficou constatado que realmente houve um desequilíbrio. Isso obviamente interfere na quantidade de votos no final da linha", se queixou. 

O presidente afirmou que vai "até as últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição", mas, ao final de sua fala, sinalizou que pode reconhecer o resultado da eleição de domingo: "Eleições se decidem no voto e aquele que tiver mais votos nas urnas deve assumir o cargo na data adequada".