ELEIÇÕES 2022

Rádio de Uberaba diz que PL parou de enviar propagandas de Bolsonaro

Emissora ainda afirma que tentou notificar o TSE mas não obteve orientação; Tribunal diz que não tem obrigação de distribuir material de campanha a meios de comunicação

Lídia Prata, dona da rádio JM 95,5 FM com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Créditos: Reprodução/Instagram
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A Rádio JM 95,5 FM, de Uberaba (MG), soltou uma nota nesta quarta-feira (26) em que diz que não recebeu do PL os materiais de campanha de Bolsonaro entre os dias 7 e 10 de outubro. E além de não enviar os materiais adequadamente, quando questionada, a sigla teria mandado áudios de WhatsApp a fim de que fossem veiculados.

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“A emissora acionou o PL, expondo a questão e pedindo que os mapas e materiais voltassem a ser encaminhados por e-mail a exemplo do que ocorreu no primeiro turno (…) Essa providência [o envio de áudios] foi, então, adotada pelo partido”, diz a nota.

Além disso, também informou que o problema foi identificado pela rádio em 10 de outubro e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não ofereceu orientação sobre como repor as inserções atrasadas no horário eleitoral gratuito. Ao Uol, uma pessoa ligada ao TSE afirmou que “a queixa não procede” e as emissoras poderiam obter os mapas e materiais de campanha no site do TSE. Além disso, o Tribunal divulgou nota em que esclarece não ser o seu papel distribuir materiais de campanha.

Enviado em 10 de outubro, quando supostamente descobriu o cessar dos envios de materiais de campanha, o e-mail da rádio chegou ao TSE após as queixas da campanha de Bolsonaro de que rádios no Nordeste não estariam veiculando sua propaganda. É sabido publicamente, também, que os donos da rádio são bolsonaristas e participam ativamente de sua campanha em Uberaba (MG), o que levou a diversas acusações nas redes sociais e meios de comunicação. A dona da rádio, Lidia Prata, chegou a publicar fotos em suas redes sociais com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante evento na cidade neste mês.

No entanto, a rádio lamenta que o episódio tenha escalado para o acirramento do debate político e nega que tenha agido de má fé. “A Rádio JM sempre recebeu e veiculou a propaganda eleitoral gratuita, mantendo relacionamento cordial com todos os partidos e cumprindo fielmente a legislação eleitoral em todos os seus termos. Não há histórico, em eleições pretéritas, de qualquer problema da emissora com a Justiça Eleitoral”, finaliza a nota.

*Com informações do Uol.