As meninas venezuelanas que foram caluniadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), acusadas de serem prostitutas, passaram a última semana sem sair e casa e sequer foram à escola após a repercussão da fala do presidente.
O deputado distrital, Leandro Grass (PV-DF), que tem mantido contato com pessoas ligadas às meninas e representantes de órgãos públicos que acompanham o caso fez o relato à Folha. Ele foi o primeiro a protocolar um pedido de investigação no Ministério Público a respeito da fala do presidente.
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De acordo com o deputado, só agora as garotas começaram a retomar a rotina, porque tem havido um esforço muito grande de lideranças locais e grupos de apoio não só para preservá-las, como também a família, e evitar que sejam ainda mais assediadas, principalmente por políticos.
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Michelle e Damares
A Rede Intersetorial de São Sebastião, formada por líderes da região, divulgou um documento pedindo na última quinta-feira (20), pedindo providências. No texto, a Rede afirma que a visita da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da ex-ministra Damares Alves agravou a violação de direitos e promoveu a revitimização das adolescentes, "o que requer bastante firmeza e atuação enérgica dos órgãos de defesa de direitos em caráter de urgência".
As declarações de Bolsonaro são consideradas pelo documento como graves porque "naturalizam o assédio, a estigmatização, a exploração sexual em nosso país" e porque ele sequer encaminhou para os órgãos competentes averiguarem a situação.
O documento pede ainda que o Ministério Público do Distrito Federal e Território adote as medidas para apurar eventuais responsabilizações, que seja disponibilizado serviço de apoio psicológico às adolescentes, adoção de medidas para preservar a imagem, a segurança e integridade física.
Com informações o Painel da Folha