CRISE DO OXIGÊNIO

Ex de Pazuello: equipe da Saúde se esbaldava de uísque caro enquanto distribuía cloroquina em Manaus

Atualmente apoiadora de Lula, Andrea Barbosa, que terminou com Pazuello após descobrir traição, fez longo desabafo sobre descaso do ex-marido e do governo Bolsonaro durante a pandemia; confira

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro.Créditos: Reprodução / Youtube
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A dentista Andrea Barbosa, ex-esposa e mãe de uma das filhas do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, fez um longo desabafo no Instagram, na madrugada deste domingo (23), sobre o descaso de seu ex-marido e do governo Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus, em especial na crise do oxigênio em Manaus (AM)

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Atualmente apoiadora de Lula (PT), Andrea compartilhou um vídeo da campanha do petista que mostra Jair Bolsonaro debochando das vítimas de Covid junto com um texto em que fala sobre a atuação do Ministério da Saúde na ocasião em que a capital amazonense ficou sem oxigênio para pacientes com a doença do coronavírus. 

"NUNCA, nunca vou perdoar esse governo e quem compactuou com ele. NUNCA! (...) Eu simplesmente estava em Manaus, a contragosto, mas estava. Naquele momento eu ainda acreditava na salvação de um casamento e topei o desafio.
Eu estava lá quando Manaus foi feita de laboratório pra testar imunidade de rebanho (isso mesmo, aquela mesma que se testa em gados), quando a cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz era prescrita até para grávidas em estado febril pelo aplicativo TratCov. Eu estava lá quando milhares de caixões eram enterrados em valas porque no cemitério já não tinha espaço e o presidente dizia que não era coveiro e, portanto, não tinha nada com isso", escreveu. 

Em outro trecho de sua postagem, Andrea revelou ainda que a equipe do Ministério da Saúde que distribuía cloroquina "esbaldava-se de uísque caros e taifeiros do Exército (militares que cuidam da alimentação da tropa) servindo a alta burguesia da cidade sem oxigênio". 

"Eu surtei, eu confesso. Foi demais pra mim. Deus me fez humana demais pra não compactuar, não aceitar, me revoltar contra tudo isso. Manaus, essa cidade de lonjuras e dificuldades logísticas foi o instrumento certeiro para as maiores atrocidades. Eles não restariam pessoas com o sul e sudeste, os noticiários não perdoariam. Mas em Manaus a mídia é comandada pelo governo e eles replicam conforme a verba que é destinada pelo estado", pontuou ainda. 

Confira a íntegra do relato