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Lula: "A gente vai colocar Pazuello na cadeia"; relembre os crimes atribuídos ao ex-ministro

Ao lado de Renan Calheiros durante ato em Alagoas, ex-presidente elogiou relatório produzido pela CPI da Covid e prometeu, mais uma vez, levantar os sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro

Lula fala em "colocar Pazuello na cadeia".Créditos: Ricardo Stuckert / Agência Senado
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O ex-presidente Lula (PT), em seu giro pelo Nordeste, participou nesta quinta-feira (13) de um ato político em Maceió (AL) e, ao lado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, conhecida como CPI da Covid, falou em prender Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL) e acusado de crimes contra a humanidade.

"Quero terminar, Renan, dizendo para você, que o trabalho que você fez como relator da CPI é uma obra prima que vai ficar para a história do Brasil. E através daquele relatório que a gente vai colocar Pazuello na cadeia", disparou Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a presidência. 

"E através da quebra dos sigilos de 100 anos do Bolsonaro que a gente vai saber quem é honesto neste país", disse ainda o ex-presidente. 

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Pazuello e os crimes contra a humanidade 

Eduardo Pazuello comandou o Ministério da Saúde no período mais grave da pandemia da Covid-19. Ele deixou a pasta em março de 2021, quando o Brasil contava 279.602 mortes em decorrência da doença do coronavírus, mas seguiu recebendo salários no governo Federal.

Quatro meses após sair da Saúde, ele assumiu a função de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. A remuneração de R$ 9 mil era somada aos R$ 21 mil que recebia por ser general do Exército Brasileiro.

O ex-ministro foi para a reserva remunerada em março e esteve entre os 11 acusados pela CPI da Covid de terem cometido crimes contra a humanidade durante a pandemia. 

Sob seu comando, a Saúde viu o país adotar medidas esdrúxulas de combate à pandemia, assistiu a centenas de milhares de mortes pela Covid-19 e viveu os horrores da crise do oxigênio em Manaus, em janeiro de 2021, quando pacientes morriam asfixiados porque os hospitais não receberam suprimentos de oxigênio por parte do Ministério encabeçado por Pazuello, que já tinha sido informado sobre o iminente caos que se avizinhavam na capital amazonense.

Assim como o presidente Jair Bolsonaro, Pazuello foi acusado de ter cometido crimes contra a humanidade em três modalidades: extermínio, perseguição e outros atos desumanos. O caos em Manaus, a utilização da população como cobaias de um tratamento ineficaz com hidroxicloroquina e falta de assistência a povos indígenas foram os episódios em que a CPI viu conduta delitiva do ex-ministro.