O presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu quase 80% de suas inserções de propaganda eleitoral na TV aberta após decisões da Justiça Eleitoral considerarem que o material usado contra Lula por sua campanha era um verdadeiro rio de fake news e desinformação. Das 225 inserções a que o presidente teria direito desta quinta (20) até o dia da eleição, 30 de outubro, apenas 55 foram mantidas, enquanto as outras 170 passaram para o candidato petista, que as usará para desmenti-lo.
A ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caiu como uma bomba no QG do radical de extrema direita, que ficará sem uma de suas principais ferramentas para tentar mudar os rumos da disputa pelo Palácio do Planalto. Só que Bolsonaro, punido por usar toneladas de mentiras em seu material eleitoral, já tem um Plano B para tentar contornar o grave problema, e a “solução” encontrada pelo candidato à reeleição envolve o uso de mais mentiras.
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Integrantes de sua campanha informaram ao jornal carioca Extra que o presidente acionará sua máquina de espalhar fake news nas redes sociais para impulsionar uma grande campanha em que ele será retratado como vítima de uma perseguição judicial imposta pelo TSE, que segundo a narrativa estaria do lado de Lula.
Se realmente não conseguir reaver seu tempo de TV perdido, o extremista apostará na boataria organizada de seus subterrâneos que operam na internet para disseminar a tese de que é vítima de uma espécie de “trapaça”, mostrando dados distorcidos sobre os números de punições impostas a ele em comparação às impostas a seu adversário, acreditando que a população compreenderá o recado sem deduzir que isso ocorreu por conta da campanha suja e atolada em fatos falsos realizadas por seu grupo.