Um vídeo divulgado no Facebook pelo jornal O Vale, de São José dos Campos, mostra um grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadindo a sacristia da antiga basílica de Aparecida (SP) para promover achaques ao padre Camilo Júnior, que disse em homilia que o Dia de Nossa Senhora Aparecida é “um dia para se pedir benção e não votos”.
No vídeo, os bolsonaristas se mostram revoltados e chamam por "Juninho" - em relação ao padre, que vai até eles. As apoiadoras do presidente reclamam que os sinos que tocaram após a celebração da missa, por cerca de 20 minutos após a cerimônia — que terminou às 16h - e teria atrapalhado a chegada de Bolsonaro para um terço organizado pelo Centro Dom Bosco, um grupo católico ultraconservador radical não ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
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"Você viu o tumulto que está lá fora?”, indaga o padre, que foi alvo dos bolsonaristas por causa da homilia. Uma das mulheres diz que a polícia foi chamada.
Bolsonaro resolveu, por conta própria, não participar do terço, o que gerou uma onda de revolta contra a Igreja Católica por parte dos apoiadores.
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Em outro vídeo divulgado pelo jornal, apoiadoras acusam o Santuário de Aparecida de "censurar" a participação de Bolsonaro e atacam os padres.
"A gente de agora em diante não ajuda mais campanha de devoto e não doa mais dinheiro para padre nenhum. Porque têm padres que valem a pena, mas têm uns outros que estão pregando o islã", diz a mulher, se confundindo e emendando em seguida: "a droga, a fome, o aborto, tudo mentira, porque Bolsonaro não deu as vacinas no momento certo, ele não ia ficar picando todo mundo".
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