Candidato a um dos nomeados que serão escolhidos por Jair Bolsonaro para as cadeiras que ficarão vagas no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, saiu na defesa da sua decisão que concedeu prisão domiciliar ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz.
"Quantos estão sendo investigados por rachadinha? E só um está preso? (…) Como o Queiroz atrapalharia a investigação se ele está em casa, se só pode falar com a família, a quem ele pode atrapalhar?”, indagou o ministro à coluna Painel, na edição desta quarta-feira (26) da Folha de S.Paulo.
Dizendo ser "historicamente respeitado e admirado pelas mulheres" e que "ninguém fez mais pelas mulheres no tribunal do que eu", Noronha ainda rejeitou que a decisão de conceder prisão domiciliar a Márcia Aguiar, que estava foragida, para cuidar do marido, Queiroz, não foi machista.
"Não é que a mulher se destina a cuidar do homem, poderia ser o homem cuidando da mulher, ou poderia ser uma relação homoafetiva. O Queiroz está com câncer, não vai precisar que alguém cuide dele?".
O ministro ainda disse que ainda não há denúncia contra Queiroz e que se julgar lendo os jornais não decide nada. "Mas salve a liberdade de imprensa, apesar de alguns moleques", critica.