A solicitação para a reabertura do caso foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), para quem a “ação foi planejada por militares e buscava a criação de um clima de medo na sociedade brasileira para justificar o recrudescimento da ditadura, dificultando o processo de abertura política”.
O MPF apontou inúmeros crimes na ação dos militares, como tentativa de homicídio doloso, associação criminosa, transporte de explosivos, favorecimento pessoal e fraude processual.
O julgamento teve início em agosto e o relator, ministro Rogério Schietti, apontou que a conduta dos militares poderia ser enquadrada como crime contra a humanidade, o que o tornaria imprescritível, ou seja, sem prazo para ser julgado.
Na avaliação de Schietti, o atentado não foi um ato isolado e ocorreu dentro de uma série de outros realizados contra entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), veículos de imprensa e população civil.
Pedido de vista
O julgamento acabou interrompido por um pedido de vista do ministro Reynaldo Soares da Fonseca. Na retomada, nesta quarta-feira (25), Fonseca discordou do relator e votou pela manutenção do trancamento do caso. Votaram com Fonseca os ministros Laurita Vaz, Jorge Mussi, Antonio Saldanha Palheiro e Joel Ilan Paciornik. A favor do voto do relator, apenas o ministro Sebastião Reis Júnior.