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A primeira proposta para um projeto de lei registrado na nova legislatura é do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante/BA) que, nesta segunda-feira (4), protocolou documento para "declarar a Bíblia Sagrada como patrimônio Nacional, Cultural e Imaterial do Brasil".
Pastor e ex-militar, com um projeto para recuperação de usuários de drogas na Bahia, disse à Renan Truffi, em reportagem no jornal O Estado de S.Paulo, que a razão de tamanha reverência ao livro bíblico é um testemunho pessoal: "a palavra de Deus" ajudou o parlamentar a deixar de ser homossexual, diz ele. "Como ex-gay, posso dizer: eu sou curado".
O parlamentar foi o segundo o chegar no setor de protocolos, às 8h, mas a proposta teria sensibilizado a deputada Carla Zambelli (PSL/SP) que o deixou passar na frente.
Em seguida, ele protocolou outra, mas também sobre a Bíblia. O texto diz que fica proibido "o uso o nome e/ou título BÍBLIA ou BÍBLIA SAGRADA em qualquer publicação impressa e/ou eletrônica com conteúdo (livros, capítulos e versículos) diferente do já consagrado há milênios pelas diversas religiões cristãs (católicas, evangélicas e outras que se orientam por este livro)”, diz o projeto de lei.
A razão é evitar que militantes do movimento LGBT criem o que ele chama de “Bíblia gay”. “Meu amigo, se passar a Bíblia gay, acabou. Aí cada um com seu pecado. Vai passar a Bíblia do pedófilo, da zoofilia, dos corruptos. Isso é muito sério”, afirmou.
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