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Condenado pela Justiça Federal a dois anos de prisão por peculato, o apresentador de TV e deputado federal apresentou recurso no Supremo para reverter a sentença; caso o órgão mantenha a decisão, Russomanno será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficará inelegível por oito anos
Por Redação
Líder nas pesquisas de intenção de voto (34%, segundo o Datafolha) para a prefeitura de São Paulo nas eleições do ano que vem, o deputado federal e apresentador de TV Celso Russomanno (PRB-SP) pode ter sua candidatura inviabilizada pelo Supremo Tribunal Federal. Isso porque o parlamentar entrou com um recurso no Supremo para reverter a sentença da Justiça Federal que o condenou, em 2014, a dois anos de prisão pela prática de peculato. Caso o STF mantenha a decisão da Justiça, o parlamentar será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficará inelegível por oito anos.
De acordo com a Justiça Federal, Russomano nomeou como funcionária de seu gabinete, entre 1997 e 2001, a gerente de sua produtora de vídeo Night and Day Promoções, o que configura peculato - isto é, a apropriação de bem público. Em 2014, como não tinha mandato, o pré-candidato recorreu à decisão na Justiça Federal e, em fevereiro deste ano, após ser diplomado como parlamentar, o recurso seguiu para o STF. No último sábado (28), a Justiça informou que a decisão estava mantida, mas converteu a sentença em trabalhos comunitários e pagamentos de cestas básicas.
O STF, no entanto, ainda não julgou o recurso do parlamentar. Caso a Corte o faça até agosto de 2016 - que é a data limite para registro das candidaturas - e mantenha a decisão da Justiça Federal, Russsomanno será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderá se candidatar a cargos eletivos por oito anos. O recurso será julgado sob a relatoria da ministra Carmem Lúcia, mas o órgão ainda não tem prazo para julgar o processo.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, disse que o partido nem "aventa" a possibilidade de não ter Russomano como candidato "porque acredita em sua inocência".
Foto: Agência Câmara