Museu do Amanhã - Por Rubinho Giaquinto
O Rio de Janeiro é a contradição da contradição do bonito e da sivirologia. Tudo tem preço e beleza.
Fala, padrinho! Assim um garoto com sotaque carioquês carregado chegou perto de mim. Garoto bem comunicativo e bem bacana.
Ali, na porta do Museu do Amanhã, está o presente bem duro: a sivirologia brasileira! Sim, a maioria tem seu ganha-pão de cada dia abordando os visitantes do museu. São educados. São envolventes. Só que o preço das mercadorias que oferecem é estratosférico. Um pacote de balas de goma tem o preço de um carro de luxo.
O Rio de Janeiro continua lindo, sim! Seu povo é da hora e é gente boa! Suas musas são as mais lindas do Brasil. As curvas das garotas de Ipanema se confundem com as curvas das obras de Niemeyer e com as do Corcovado.
A Rua Nascimento Silva tem o charme de sempre. O poeta do rock nacional e o da bossa nova pairam suas almas e corações por ali.
O Flamengo é a maior paixão dos cariocas. Por todo lado que você olha, você vê as cores rubro-negras.
O Rio de Janeiro é a contradição da contradição do bonito e da sivirologia. Tudo tem preço e beleza. No caminho, tem o Cristo Redentor e o moço que cobra os olhos da cara para olhar seu carro na rua.
Gol! Grita um ambulante na praia! Passa uma nova garota de Ipanema que mora no Leblon. O garoto do começo da crônica vai embora para São Gonçalo. O Rio de Janeiro me deu régua e compasso! Botafogo é o bairro mais emblemático do Brasil. O Rio não tem suas margens plácidas.