OPINIÃO

“Aparelhos de Estado não estão dando conta da tirania das big techs”, diz cientista político

Bruno Beaklini diz que estados nacionais estão ficando sob controle das grandes plataformas digitais, e que seus donos são ligados à extrema direita mundial

O cientista político Bruno Beaklini.Créditos: Arquivo pessoal
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O Século XXI das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação nos apresenta o lado sombrio dessas inovações para a humanidade. São guerras que usam armas teleguiadas por geolocalização;  atentados que utilizam equipamentos de uso civil, como notebooks, pagers, smartphones e Walkie-talkies, configurando terrorismo de estado; psywars (guerras psicológicas) que são conduzidas para manipular populações e grupos sociais através de mídias e redes sociais, aplicando o que se convencionou de chamar de guerra híbrida; a terceirização de sistemas de vigilância que antes eram operados por agentes do estado, sendo agora geridos por big techs, entre tantas tecnologias que surgem na contemporaneidade que visam manter ou derrubar  hegemonias e poder, em uma nova configuração geopolítica que ameaça o imperialismo, antes tão absoluto e hoje em crise.

É preciso debater e compreender esse cenário de ascensão de uma nova ordem mundial que de um lado se torna parceira do imperialismo e da extrema-direita, aplicando uma narrativa de ódio e mentiras, tendo como condutores os donos e senhores da nova economia, das big techs. E de outro lado, temos a emergência de países e culturas, que em outros tempos eram minimizados e submetidos ao colonialismo, e que hoje se unem através do BRICS, apresentando uma perspectiva multipolar que redesenha a correlação de forças entre Sul, Norte, Ocidente e Oriente.

Para entender melhor sobre como essa conjuntura que está se desenvolvendo, conversamos com o Doutor em ciências políticas, jornalista e professor de Relações Internacionais, Bruno Beaklini. Com seu conhecimento, principalmente, em Geopolítica, ele atua como articulista e comentarista em canais internacionais como Telesur, PressTV e RT, entre outros, além de ser um dos produtores do programa Oriente Médio em Revista, que vai ao ar em uma rede de canais no Youtube, incluindo o canal da Revista Fórum. Confira o papo!

Como as Novas Tecnologias da Informação transformaram o cenário geopolítico no século XXI?

Estamos no primeiro quarto do século e existe uma penetração de redes sociais fazendo com que um conjunto de mensagens signos, de circulação de informação e sentido de pertencimento, atinja um volume descomunal de pessoas nas fronteiras físicas, já que a fronteira física é o que incide na geopolítica.

O que você tem hoje é a ascensão do conceito geoestratégico que ultrapassa essa fronteira e que utiliza aquilo que chamamos de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), que agora são consagradas e colocadas dentro de um arcabouço de projeção de poder, misturando-se num contexto de interesse econômico e político, em que nem sempre a razão de estado e a razão de empresa, coincidem. Mas não necessariamente coincidem.

Então temos uma espécie de campo que fica atravessado, o das Tecnologias da Informação e o da indústria cultural, amarrados entre si. A outra situação é a produção de sentido, a produção estética, a produção cultural dos países, que vai ser cada vez mais importante, assim como a defesa cibernética. É como se as projeções de poder, e o próprio imperialismo, tivessem uma etapa superior do que foi, por exemplo, o cinema, a TV por satélite e as agências de notícias.

Eu diria que em termos conceituais é que entramos, embora tenhamos popularizado a geopolítica, assim em definitivo, na “Era da Geoestratégia”, mas numa estratégia difusa, mais ou menos quando acabaram os regimes socialistas do Leste europeu, em que se falava em bomba nuclear suja. Assim, estamos agora na Era da Geoestratégia “suja” de baixa intensidade, mas que pode gerar uma série de problemas. Pois os países não têm condições, olha a contradição, de defesa cibernética, ficando vulneráveis à manipulação de informações que ocorrem nas plataformas, lembrando que vimos isso durante o golpe contra a presidenta Dilma.

Ao mesmo tempo, se o Estado controla de forma demasiada as plataformas que circulam dentro do país, também perde a capacidade de liberdade de informação e comunicação, e se for um governo traidor, antinacional, é a soma da dupla repressão.

Mas o mal menor seria uma amplíssima defesa cibernética, e a obrigação de subordinar as grandes plataformas dentro da lei nacional de cada país, na legislação e, preferencialmente, que elas sejam obrigadas a vender uma parcela de suas ações, seu controle, seu assento na tomada de decisão corporativa para cada país que venha atuar. Neste caso, vale citar a legislação da União Europeia que é boa, o que criou ambiente de debate na sociedade no sentido de regular ou não essas plataformas.

As grandes empresas, big techs, podem ser consideradas braços privados de vigilância dos estados sobre as sociedades?

Sim e não, é horrível responder assim, não é? Mas, em última análise, se a capacidade repressiva de um aparelho de estado, na forma da lei, ou numa forma tirânica ou numa lei despótica, não importa, colaboram com o poder estatal, pois têm uma capacidade de vigilância enorme, gigantesca, criam essa ambivalência.

Por quê? Se no avanço da chamada internet das coisas, onde os objetos inanimados tenham também conexão, como já tem um smartphone, embora vá ser um labirinto de sinais digitais da chamada Inteligência de sinais (SIGINT), tudo vai ser localizado, ou potencialmente vai ser localizável, o próprio Google já faz isso, que é uma rede privada.

Ao mesmo tempo, eu hoje teria maior temor, pelo menos dentro do Ocidente, e é bom lembrar que o Brasil e a América Latina pertencem à periferia do Ocidente, mas são ocidentalizados à força, na autocracia das grandes empresas de metadados, de big data e de big tech, formando um grupo oligárquico coladinho no Império, centrado na exploração do próprio cenário doméstico. Um exemplo disso é o segundo governo de Trump, colado no Departamento de Estado estadunidense. Nos EUA, o Estado sempre está conseguindo fundos e mais fundos, sempre ampliando a dívida pública estadunidense, mas sempre as grandes empresas são mais perigosas no Ocidente do que o próprio aparelho de Estado.

Ainda nesse contexto há o que se chama o que se chama de guerra psicológica, a Psywar?

Porque é necessário criar a manipulação do consentimento. Então, o consentimento vinha pela implantação do discurso, como, por exemplo, a grande mídia sempre vem com a história de que um país vai quebrar se não fechar as contas públicas, um absurdo e uma baboseira que já estamos acostumados e estamos ouvindo sistematicamente aqui no Brasil. Sempre recorrendo a comparação patética entre um dono de casa, uma dona de casa, e um governo nacional e soberano, uma situação absurda. É como comparar a melancia com o parafuso, mas o consentimento cria isso, podendo ser criado de outras formas, nos tempos atuais.

Um exemplo disso é que aconteceu, recentemente, a produção de uma instrução normativa pela Receita Federal do Brasil, sobre informações de transferência do PIX acima de R$ 5 mil, aprovada também pela federação dos bancos e por uma fração da classe dominante no Brasil, dominante de fato, em que essa mesma instrução, foi derrubada por causa de um vídeo de um parlamentar da extrema-direita, o deputado federal, Nicolas Ferreira (PL-MG) que foi catapultado pelo algoritmo da Meta.

Então percebemos que os aparelhos de Estado, mesmo os setores de grupos dominantes nacionais, não conseguem dar conta do potencial tirânico das grandes plataformas. É preciso ter muito pulso para impor uma legislação sobre a tirania empresarial, ou seremos eternos reféns, de forma parcial ou quase total hegemônica, desse pequeno grupo de empresários. que se algum dia já teve um espírito protestante no capitalismo, hoje em dia tem um espírito neocalvinista, de guerra e poder, sem ética nenhuma, sem virtude alguma, usando um discurso moralista.

Hoje há conflitos armados entre países como na guerra entre Rússia e Ucrânia e tensões permanentes no Oriente Médio, além do genocídio de Israel contra o povo Palestino em Gaza, como essas novas tecnologias estão sendo aplicadas nesse contexto?

No caso do conflito russo-ucraniano temos duas leituras e visões. Ou pela leitura de Moscou do cerco estratégico que a OTAN faz sobre o núcleo territorial da Rússia, e por outro lado, a leitura da mídia Ocidental que usa a narrativa da violação territorial da Ucrânia por parte da Rússia. Nesse contexto, a mídia esquece de citar, propositalmente, a guerra civil anterior de 10 anos, no Donbass, e nos acordos de Minsk que também não são citados, temos aí uma batalha da informação em redes sociais muito intensa.

O que eu reparei, via redes sociais, é o processo de recrutamento de mercenários, no caso, para lutar ao lado do governo de Kiev, chefiado pelo comediante Volodymyr Zelensky. A partir de lá se difundiu bastante, via aplicativo de mensagem, a mensagem mais fechada, sendo essa uma forma já consagrada de recrutamento, utilizado também pelas próprias forças armadas de Israel, para recrutar para a guerra pessoas de qualquer origem do mundo, preferencialmente brancas.

No caso de Israel, recrutam até pessoas não judias ou sem nenhum tipo de ascendência judaica para servir três anos na Cisjordânia ocupada, território da Palestina, tendo a promessa de ganhar a cidadania do Estado sionista de Israel.

Outro ponto, no caso da da ocupação da Palestina, da guerra contra o povo palestino em Gaza, do apartheid na Cisjordânia, nas agressões contra o Líbano, a Síria, esta historicamente sendo bombardeada pelos Estados Unidos, vamos observar um outro fenômeno, que é o seguinte: a supremacia aérea do estado sionista, trabalhando com a localização de alvos que vão ser identificados pelos satélites do Comando Espacial dos Estados Unidos, comando unificado de combate do Departamento de Defesa dos Estados Unidos , responsável pelas operações militares no espaço sideral.

Essa tecnologia de geolocalização bombardeia pessoas em suas casas, carros, independentemente do tamanho do alvo. Além disso, com a popularização das Novas Tecnologias surgiram os drones não-tripulados que também foram desenvolvidos pelos países árabes envolvidos no apoio à resistência no Líbano. Mas fica óbvio que essa tecnologia se torna mais mortífera quando utilizada pelo estado sionista no genocídio na Palestina, ceifando de forma seletiva jornalistas e lideranças políticas palestinas e do chamado Eixo da Resistência.

Temos outra situação que envolveu a operação da explosão de pagers e Walkie-talkies no Líbano, que assassinou diversas pessoas ligadas ao Hezbollah, uma ação caracterizada como terrorismo de estado praticado por Israel.

Esse episódio conseguiu criar uma mácula na economia mundial, atingindo cadeias globais de valor. Os pagers foram pré-montados em Taiwan, sendo enviados para finalização na Hungria. Lá foram implantados pelo Mossad (Serviço Secreto de Israel) localizadores e explosivos nos aparelhos, não se sabe em qual trecho dessa logística aconteceu o momento da fraude, tanto no envio por avião, como no transporte terrestre ou no embarque dos contêineres, até ao porto de Beirute.  A tecnologia aplicada nesses atentados simultâneos se deu por antenas de microondas que emitiram sinais desde a base da OTAN e no Chipre. Ou se foram trianguladas com aviões de vigilância.

Mas voltando ao universo civil, temos ainda a batalha de versões em que aqueles que defendem a luta do povo palestino são sistematicamente censurados pelas mídias sociais. Quem nunca perdeu um perfil ou teve uma conta congelada, ou ficou suspenso ou perdeu tudo mesmo?

Então isso passa pelo assassinato seletivo de elementos da resistência como dos líderes Hassan Nasrallah e Ismail Haniyeh, respectivamente Hezbollah e do Hamas, e da censura no ambiente das mídias e rede digitais.

Essas empresas de tecnologia, big techs, atuam em parceria com Israel?

Sim, as empresas de tecnologia, as plataformas digitais, explicitam o que é o sionismo no Século XXI, elas fazem parte do projeto colonial e racista, espelhando isso nas grandes plataformas das big techs, que por sinal têm uma inclinação dos seus líderes e proprietários para as ideias de extrema-direita, flertando abertamente com o neofascismo e o neonazismo, o Elon Musk (dono do X) está aí emitindo sinais e gestos em eventos públicos como fez na posse do Trump.

A verdade é que, apesar de que a primeira-dama do Facebook, Priscilla Chan, esposa de Mark Zuckerberg, tenha origem asiática, e o cara que controla o Google, Sundar Pichai, tem origem indiana, no frigir dos ovos estamos falando de um poder colonial.

Um segundo ponto que é muito importante: as plataformas e a governança da internet mundial abrem muito espaço para que os softwares de espionagem, um aparelho tecnológico do estado sionista consiga operar.

Aqui no Brasil, foram gerados efeitos e debates gerados sobre o software Pegasus da empresa NSO Group e outras empresas desse tipo, de software espião de origem sionista, com seu uso, por exemplo, dentro do exército brasileiro, no Centro Brasileiro de Defesa Cibernética (CDCiber).

Toda plataforma, todo software, todo o conjunto de código de dados, é feito um espelho, onde esses dados serão coletados. Então vão dizer, “Ah, o 5G chinês, vai armazenar dados da população que o usa”. Claro, assim como o 5G, 4G e o 3G. Assim, como Whatsapp, Gmail, Facebook etc. Todo mundo que organiza a circulação de dados, acumula e pode usar esses dados a favor dos seus interesses, sejam estatais, sejam empresariais, sejam e um conluio estatal e empresa, tudo isso vai para a NSI. Esse intercambio se dá junto ao hub de alta tecnologia com Israel, junto com as plataformas. Só que eles se especializaram em vigilância cibernética, se especializaram em espionagem cibernética, e aí oferecem esses serviços de alta tecnologia como software espião, software extrator, entre outros.

Isso vai ser negociado para clientes e governos amigos, às vezes nem tão amigos assim. Isso vai gerar uma capacidade de penetração da alta tecnologia, que subordina aquele país, aquela sociedade a quem está fornecendo. Vejam o caso colombiano. A Colômbia tem um tratado de livre comércio com Israel, o governo Gustavo Petro rompeu relações diplomáticas e parou de vender carvão. Mas a agricultura de intensidade, especificamente, a irrigação na Colômbia, depende de empresas israelenses. E aí, como vai parar de ter colheita? Vai parar de ter produção agrícola? Esse é o grande perigo.

Pensando ao contrário, a soberania no Século XXI implica em deter patentes de alta tecnologia e poder ganhar escala com elas, com capacidade instalada. Do contrário, é o mesmo dilema de sempre.

E o Irã neste contexto, é hoje um país que desenvolve tecnologia nessa área, principalmente em relação a sua defesa militar e cibernética?

O Irã avançou muito, nos seus ramos de alta potência, nos setores econômicos de alto desempenho. O Irã tem todo o controle da cadeia de combustível fóssil de óleo e gás, polímero, petroquímica e fertilizante, tudo que se pode imaginar.  O Irã tem uma capacidade aeroespacial muito avançada, não chega a ser como a da Rússia, para a aeronave tripulada, mas para não tripuladas, superior, tanto em aeronave não tripulada, como artilharia, no caso dos mísseis iranianos, eles são impressionantes.

Possuem também um desenvolvimento muito avançado nas suas capacidades cibernéticas, não tendo como quantificar, pois, isso é segredo de estado. Mas os especialistas já publicaram que, hoje, o Irã seria a quinta potência cibernética do planeta, óbvio, contando a União Europeia como um todo. Então é muito interessante esse desenvolvimento, até porque ele se deu sob bloqueio sanção do Ocidente.

De 2015 até 2025, a economia iraniana se desenvolveu muito na complementaridade com Rússia e China, até porque as sanções e bloqueios contra a Rússia foram aplicadas também ao Irã. E a retirada do acordo nuclear por parte do primeiro governo do Trump colocou o país numa situação única, que o Irã, mesmo que queira, não tem como ceder ao Ocidente e aos Estados Unidos, não que quisesse e não tem que fazer, porque vão querer o país todo. E, nesse sentido, a defesa cibernética iraniana avançou muito.

Mas também os riscos que o país corre são gigantescos, em todos os sentidos. Não é incomum ter um atentado terrorista contra autoridades iranianas em plena Teerã, nem cito o assassinato Ismar Hanieh, líder do Hamas, que foi um escândalo, mas digo físico nuclear que é assassinado no caminho do trabalho, alvejado por uma metralhadora ponto 50, com a munição perfurando um carro blindado, sendo a arma acionada por satélite.

Então, ou o Irã desenvolve sua defesa cibernética, ou vai deixar de existir como tal, como República islâmica. Pode voltar a existir como um país subordinado, subalterno, mas o projeto de poder da República, a partir de 1979, não existiria se não fosse também a sua defesa cibernética.

O BRICS como uma aliança econômica desenvolve também parcerias entre seus integrantes relacionadas às novas Tecnologias da Informação?

O BRICS na sigla original tem dois países com população que passa de um e dois bilhões de pessoas, Índia e China. O uso da internet na China passa de um bilhão de pessoas. Na Índia não está longe disso, e se tiver em uma década ou mais vai passar de um bilhão.

O próprio consumo doméstico da internet nesses países já é algo incomensurável. A China tem regras muito rígidas, tem um firewall gigantesco e entende o perigo da manipulação de dados pelas big techs do vale do Silício, que, em última análise, também são as big techs do Pentágono, da agência de segurança nacional da NSI dos Estados Unidos.

 Mas uma cooperação possível de ser feita era de criar, por exemplo, sites de busca, mecanismos de busca multi-idiomas a partir de uma base chinesa, por exemplo.

Isso seria muito interessante, porque das seis linhas de desenvolvimento do novo banco dos BRICS, Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que é presidido pela ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a sexta é a infraestrutura digital.

Poderia existir uma internet dos BRICS a partir de uma infraestrutura digital, com hubs gigantes que passam pela China. Isso é tudo é possível, circulando via satélite.

A China poderia também colocar isso nas suas negociações bilaterais com os países onde ela compra e vende produtos, não em termos de bloco como o BRICS que possui acordos bem elevados, talvez não conseguiria, mas quando tem relação com alguns países, como, por exemplo, da Comunidade Andina.

Enfim, a China conseguiu negociar com mais de um país na África, ela consegue fazer isso com facilidade. Existe hoje muito intercâmbio tecnológico com instituições chinesas, nesse ponto a Índia está devendo.  Eu digo China, Índia, porque seria mais fácil, teríamos menos volume de censura interna, censura doméstica, escândalo e trabalho de sabotagem na América Latina em geral, no Brasil em particular, se fossem feitos, por exemplo, convênios com o Irã e Rússia, só para o exemplo.

Tínhamos que ter um projeto piloto, um projeto mãe, uma coisa assim. Um mega site de negócios entre o BRICS, bem popular mesmo. Um aplicativo de mensagem, algo assim, tipo o Tik Tok, que é de capital chinês, é a grande experiência chinesa de popularização da plataforma digital.

Se circular no 5G chinês, pela Huawei, e outros mais, seria importante para a China e os BRICS. A China tem ainda o REDnote,que seria o caderno vermelho, mas tipo livrinho vermelho, que é uma alusão alegórica a um período muito complicado da chamada Revolução Cultural dos anos 1960.

Quando ligamos a internet no Ocidente usamos o Google e o Whatsapp além de plataformas de mídias e redes sociais. Era necessário ter algum carro-chefe dos BRICS, aí com certeza o bloco econômico e o seu banco de fomento teriam uma enorme capacidade de penetração, sendo esse meu ponto de vista.

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