A Síria, um dos elos do Eixo Resistência, hoje vive a realidade da destruição e da cobiça.
Turquia e Israel e os herdeiros do que seria o Estado Islâmico dividem o espólio do país, com apoio do "civilizado" Ocidente, promovendo o desmonte do estado nacional sírio, destruindo toda sua infraestrutura civil e militar. A justificativa é de quebra total do suporte logístico militar ao Hezbollah, que a partir do território sírio era abastecido pelo Irã.
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Assim, segundo analistas políticos e militares acaba minimizando a atuação do grupo que expulsou os sionistas do Líbano, e que infligiu medo à Israel e sua máquina de guerra.
Enquanto Israel avança sobre a Síria, o povo palestino segue sob o genocídio sionista que após mais de um ano, segue sendo negligenciado pelos autoproclamados defensores da democracia e dos direitos humanos, que fingem não olhar o assassinato de mais de 45 mil pessoas em Gaza. Esses mesmos defensores da dita civilização Ocidental financiam o horror de Israel.
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Salafismo neoliberal
O que está sendo colocado em prática é uma remodelação do Oriente Médio, que acontece através de uma limpeza étnica inicialmente contra o povo de Gaza, com a eliminação dos que lutam contra o colonialismo do Ocidente e daqueles que não compactuam com os interesses da ordem mundial já decadente, liderada pelos Estados Unidos, tendo a Europa como sua serviçal.
Em entrevista ao programa Oriente Médio em Revista, que vai ao ar no Canal da Revista Fórum, no próximo sábado (21), o professor em Relações Internacionais da UFRJ, Fernando Brancoli disse que a frente Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) parece adotar ideias neoliberais ao indicar que pretende atrair investimentos financeiros até de Israel.
"O novo governo já deu declarações sobre abrir mercado e que Israel possa estabelecer investimentos na Síria. Me parece que as falas apresentadas ao longo dos últimos dias mostra uma recorrência de que o Estado deveria se retrair na Síria, uma coisa bem parecida com o discurso que havia no Brasil na década de 1990, estimulando privatizações, isso agregando uma moral salafista com um movimentação econômica que de certa forma agrada aos parceiros ocidentais dentro da articulação atual existente. Há uma tentativa de apresentar uma dinâmica mais modernizante, é uma mistura de "Zelensky (presidente da Ucrânia) e Al Julani (líder do HTS)", afirmou o pesquisador.
Cabe lembrar que nesta semana a embaixada da França reabriu em Damasco, após 15 anos.
"A França, por exemplo, tem interesse num possível processo de privatizações na Síria, não estranharia se daqui alguns dias, o presidente Macron aterrizasse em Damasco para anunciar novo investimentos e coisas parecidas na Síria", disse.
Abutres pousam na Síria e os verdugos seguem em Gaza.