OPINIÃO

Chegada de novos tempos, para o Brasil e para a Caixa pública – Por Sergio Takemoto

Os direitos e interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional são pilares para a construção de um futuro melhor

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O relógio da história aperta o passo no Brasil. Os ponteiros apontam para uma conjuntura na qual a solidariedade, a unidade de propósitos, a mobilização coletiva e a participação de toda a sociedade fazem acontecer. De diferentes ângulos, e sob as mais diversas perspectivas, emergem alertas de que o momento é de esperança e reconstrução, mesmo diante de um país ainda dividido e arrasado, após as sequelas deixadas pelo governo anterior. É a chegada de novos tempos, no Brasil de hoje e na Caixa Econômica Federal pública e social, com políticas integradas a democracia participativa e valorização da classe trabalhadora, apontando para um novo futuro.
É um novo banco público para um novo país, descortinando também novos horizontes para a atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). Temos muito a fazer nos próximos anos, para reerguer o edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento levantado pela Constituição de 1988, mas que foi sistematicamente demolido em anos recentes dominados por modelos anacrônicos e excludentes. A democracia é o ambiente mais favorável para políticas públicas de inclusão e de acesso dos diversos grupos sociais aos benefícios da cidadania.
É justamente para reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que a Fenae realizou recentemente, em Brasília, um evento de celebração da posse da sua diretoria eleita para mandato no período de 2023 a 2027. Foi um momento histórico de unidade do movimento das empregadas e dos empregados do banco público.
Os direitos e interesses da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional são pilares para a construção de um futuro melhor para o Brasil e para a Caixa, assim como a atuação ética, a transparência, a integridade, o respeito aos direitos humanos e a valorização do acesso à informação e ao conhecimento integram o DNA da Fenae, uma entidade representativa que defende nenhum direito a menos para as empregadas e para os empregados do banco público, condições dignas de trabalho e Caixa pública e social, com atendimento adequado à população.
Nos últimos anos, devido aos ataques de um governo obscurantista à organização dos trabalhadores, a atuação da Fenae em parceria com as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) foi caracterizada por ações de resistência. Agora, diante de um ambiente marcado por um novo tempo, a Fenae segue na defesa de direitos e da Caixa pública. Essa missão está articulada com a mobilização por condições dignas de trabalho e com o desafio de repensar o Brasil, apontando para o rumo de um Estado que atenda às necessidades da população, com serviços ágeis, eficientes e de qualidade. E isso só será garantido com uma política de valorização do patrimônio público.
Os bancos públicos, tendo a Caixa como principal referência, e as empresas indutoras de crescimento e inovação, como é o caso da Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo.
No contexto do movimento nacional do pessoal da Caixa, a boa estruturação da parceria da Fenae com as Apcefs permite troca de experiências e aprofundamento do modelo associativo. Resultado desse dinamismo alcançado pelo trabalho de integração, de organização e de mobilização coletiva, a Fenae colabora com o processo de reconstrução do país e se coloca no campo progressista da política brasileira.
Com isso, a nossa Federação busca aprofundar, cada vez mais, a lógica oposta ao autoritarismo retrógrado. Para tanto, segue na defesa de melhor qualidade de vida, bem-estar e integração, incentivando o esporte, a cultura, o lazer, a educação, a responsabilidade social, o compromisso com o meio ambiente e a cidadania.
É preciso destacar ainda a parceria da Fenae e das Apcefs com a Moradia e Cidadania. Esta é a atualização do jeito Fenae de mudar o Brasil e a Caixa, com seus mais de 25 projetos em desenvolvimento sustentável espalhados em 24 estados. São 10.470 pessoas beneficiadas, direta e indiretamente.
Nosso desafio comum é o da criação de um país e de um banco público inclusivos, sustentáveis e democráticos. Tudo isso nos motiva a ir além. Frente a um governo democrático e com olhar voltado aos interesses dos trabalhadores, a atuação da nova diretoria da Fenae será construída colaborativamente. Um novo mandato da nossa entidade representativa mira a construção de uma sociedade brasileira cada vez melhor.

Assim é a Fenae. Desde 1971, sempre preparada para os novos desafios.

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.