Finalmente, após muita humilhação a que jornalistas brasileiros são submetidos diariamente, com assédio moral, roubo de horas extras, insegurança por ameaças de passaralhos a qualquer momento, duas entidades representantes dos jornalistas resolveram reagir.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) partiram em defesa dos jornalistas do Estadão e da profissão, diante da onda de ataques dos patrões, via Associação Nacional de Jornais (ANJ).
Fenaj e Sindicato do DF criticam assédio moral a que são submetidos os jornalistas do Estadão, o que foi denunciado anteriormente numa publicação da Revista Fórum.
Denúncia de pautas por encomenda, que já vêm prontas, com interesses outros que não o jornalístico, a que são submetidos os jornalistas do Estadão, sob risco de demissão.
Mas isso, é claro, não acontece apenas no Estadão. O assédio existe nas redações de todos os veículos da mídia comercial. Só que em geral o assunto é tratado apenas entre colegas em encontros sociais. Ou quando algum jornalista é demitido e resolve falar.
Agora, com a entrada em cena da Fenaj e do Sindicato do DF é hora de os jornalistas adaptarem a frase de Marx sobre os grilhões e partirem para o ataque, botando a boca no trombone, mostrando ao distinto público, que consome as notícias fabricadas pelos jornalões da mídia comercial, como são feitas essas salsichas.
É hora de os jornalistas assumirem a crítica que Mino Carta faz a muitos deles, de que se identificam com os patrões, e se reconhecerem como o que são — trabalhadores da notícia.
"Trabalhadores (Jornalistas) do mundo (do Brasil), uni-vos, vós não tendes nada a perder a não ser vossos grilhões!"
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