Logo após o vazamento dos áudios em que o deputado estadual Arthur do Val (Podemos), o Mamãe Falei, destrata mulheres ucranianas, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) reagiu: “jamais dividirei meu palanque e apoiarei pessoas que têm esse tipo de opinião”.
Moro, assim como todo o Brasil, já sabia quem é o Mamãe Falei desde sempre, como bem lembrou o colunista de O Globo Bernardo Mello Franco. Da mesma maneira como sabia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre foi inocente.
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Preferiu, no entanto, se fazer de morto. Em seu discurso de filiação ao Podemos, no fim de janeiro, o ex-juiz considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou: “O Arthur é jovem, mas é experiente. A gente precisa de uma cara nova. Precisa de alguém jovem, mas maduro, para dar um novo rumo a esse estado”.
Sempre foi fascista e misógino
Naquele momento, o “jovem” deputado de 35 anos já tinha mostrado suas garras fascistas.
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Em 2020, Arthur do Val chamou o padre Julio Lancellotti de “cafetão da miséria”. Antes, xingou ministros do Supremo, invadiu a Faculdade de Medicina da USP, ofendeu colegas na Assembleia Legislativa (Alesp) e conseguiu ser expulso do DEM por mau comportamento.
Dilma
É preciso lembrar também a forma como o Movimento Brasil Livre (MBL), grupo político de extrema-direita do qual Mamãe Falei fazia parte se dirigiu à Dilma Rousseff (PT) durante o seu processo de impeachment.
A própria Dilma é quem lembra: “As frases que o MBL usou para me qualificar naquele momento foram ‘burra’, ‘vagabunda’, ‘prostituta’, ‘vai para casa’, ‘vai para o tanque’, algo assim. E pairou um silêncio generalizado. Naquele momento, o MBL foi ultravalorizado", afirmou a ex-presidenta.