Com menos de um mês para se filiar novamente a um partido e decidir entrar na disputa à Presidência, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é a nova aposta da mídia liberal para substituir Sergio Moro (Podemos) na propalada terceira via.
Na madrugada desta terça-feira (8), o ex-ministro, relator do chamado caso Mensalão, deu entrevista a Pedro Bial na TV Globo, que rapidamente ganhou destaques no Estadão e no Portal Uol.
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O jornal controlado pela família Mesquita, que busca de todas as maneiras derrotar Lula, pinçou uma frase de Barbosa para dizer que ex-ministro "não descarta concorrer ao Planalto".
“Em princípio, sim [seria candidato], mas o prazo está muito curto. Eu não tenho mais filiação partidária, me desliguei do PSB. E não procurei nenhum partido, estou tocando a minha vida. Essa decisão teria que ser tomada até o começo de abril. Não sei se tem partidos por aí que querem uma pessoa tão ranzinza como eu”, disse Barbosa, que deixou a sigla que deve abrigar Geraldo Alckmin como vice de Lula nas eleições presidenciais.
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“Filiação a um partido não é uma coisa tão simples, né? Há partidos que não querem ter candidatos à Presidência. O jogo eleitoral no Brasil mudou muito. A conquista do poder, hoje, não tem como troféu máximo chegar à Presidência da República”, emendou.
Na entrevista, Barbosa voltou a dizer que “jamais votaria em Bolsonaro” e que a reeleição dele seria um "desastre absoluto para a sociedade brasileira".
Na carona do assunto, Barbosa se mostrou desapontado com Sergio Moro por ter aceitado o cargo de "super" ministro no atual governo.
"O pecado dele foi confiar em Jair Bolsonaro, entrar para esse governo", afirmou sobre o ex-juiz, que deve ver sua pré-candidatura derreter ainda mais após as declarações misóginas do aliado Arthur do Val, o Mamãe Falei, contra as mulheres na Ucrânia.
Barbosa ainda classificou o PSDB como "meio embromador" e disse que "o PT em certos aspectos, no primeiro governo Lula, havia uma ambiência social-democrata, mas a partir do momento que outros assuntos entraram em jogo, mudou".