VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Defesa de ex-diretor da Globo ataca governo Lula por convite de ministra a atrizes que denunciaram assédio

Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, convidou Dani Calabresa, Maria Clara Gueiros, Georgiana Góes, Veronica Debom e Renata Ricci, que denunciaram Marcius Melhem, para debater assédio no trabalho.

Marcius Melhem.Créditos: Reprodução/TV Globo
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A defesa de Marcius Melhem, ex-diretor do departamento de humor da Globo, que é alvo de uma série de denúncias de assédio moral e sexual atacou, em nota, o governo Lula após a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, convidar atrizes que o denunciaram para uma reunião na próxima terça-feira (4), em Brasília.

Entre as atrizes que confirmaram a participação estão Dani Calabresa, Maria Clara Gueiros, Georgiana Góes, Veronica Debom e Renata Ricci, além das roteiristas Carolina Warchavsky e Luciana Fregolente e da diretora Cininha de Paula.

A reunião pretende promover um debate sobre o enfrentamento do assédio sexual e construir um marco normativo para combater a violência de gênero no trabalho.

Advogados de Melhem dizem que o ex-diretor, que foi afastado da Globo após as denúncias, não seria réu do processo em que é acusado de assédio.

"A defesa de Marcius Melhem estranha que o Ministério das Mulheres desse governo que sempre clamou pelo devido processo legal e pela presunção de inocência receba mulheres que se dizem vítimas do ator que sequer é réu", diz o texto, revelado pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira (30).

"Os fatos ainda estão em fase de investigação, na qual a versão das supostas vítimas vem sendo desmontada por farto material probatório. Marcius Melhem, que foi o primeiro a procurar a Justiça para contestar as injustas acusações que lhe foram atribuídas, continua acreditando no Judiciário e no Estado democrático de Direito", emenda o texto, assinado pelos advogados José Luis Oliveira Lima e Leticia Lins e Silva, que representam Melhem.

Melhem rejeita todas as acusações, embora diga acreditar que pudesse ter se comportado de outra maneira e classifica algumas das denúncias de "brincadeiras".

"Nunca encostei pênis ereto ou forcei beijo, no ambiente de humor acontece brincadeira para caramba", disse ele.

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