DENÚNCIAS

Assédio: Pedro Guimarães contrata mesmo advogado de Marcius Melhem

José Luis Oliveira Lima ajudou o ex-presidente da Caixa a escrever a carta de demissão e o acompanhou ao Palácio do Planalto para entregar o pedido a Bolsonaro

Pedro Guimarães contratou advogado que já defendeu seu sogro.Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
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Para se defender das inúmeras denúncias de assédio sexual e moral no exercício da função, feitas por funcionárias do banco, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, contratou o advogado José Luis Oliveira Lima, conhecido como Jucá.

O criminalista também tem como cliente o ex-diretor da TV Globo Marcius Melhem, acusado de assédio sexual por atrizes e funcionárias da emissora. A humorista Dani Calabresa tornou públicas as acusações.

O advogado ajudou Guimarães a escrever a carta de demissão. Além disso, acompanhou o ex-presidente da CEF até o Palácio do Planalto para entregar o pedido a Jair Bolsonaro (PL).

Jucá já defendeu o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que é sogro de Pedro Guimarães.

Mulheres se escondiam de Pedro Guimarães no banheiro, conta ex-funcionária

Uma ex-funcionária da CEF enviou um vídeo para a GloboNews, nesta quinta-feira (30), relatando os episódios de assédio sexual do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, com servidoras do banco público. Guimarães pediu demissão do comando do banco após uma explosão de denúncias de assédio sexual.

Segundo a jornalista Andreia Sadi, a ex-funcionária que enviou o vídeo é assessora de diretoria da Caixa. A ex-servidora não trabalhava diretamente com Guimarães, mas atuava no mesmo prédio, Matriz 1. Antes de falar com a jornalista, ela usou as redes sociais para desabafar sobre o episódio e classificou Guimarães como um “grande filho da p*”.

"A intenção é dar uma cara a essas mulheres", diz a ex-funcionária que aparece no vídeo.

"Era comum a mulherada, eu e minhas colegas, se esconder no banheiro quando ouvia a voz dele chegando no corredor, fazendo aquele estardalhaço", revelou. Segundo ela, as funcionárias se escondiam para não serem abordadas por Guimarães para tirarem fotos e acabarem sendo apalpadas.

"Era comum correrem dele. Uma colega já pulou uma mesa para evitar um 'abraço'", revelou.

"Em um dia ele veio no meio do gabinete dizendo que queria tirar foto. Nesse lance de foto, agarrava a gente e não soltava; passava a mão na lateral do seio, passava a mão na cintura, pegava forte na cintura", disse.