A atriz e modelo Sheila Kennedy acusa Axl Rose, astro do rock e vocalista do Guns N´ Roses, uma das bandas mais populares do planeta, de agressão sexual. O caso ocorreu em 1989, segundo documento judicial ao qual a AFP teve acesso nesta quarta-feira (22).
No processo, a vítima alega que Axl “a agrediu sexualmente” e que ela “não consentiu e se sentiu dominada”. A denúncia aponta que a agressão teria acontecido em um quarto de hotel em Nova York, nos Estados Unidos, depois que ambos se conheceram em uma boate.
Te podría interesar
O processo civil foi apresentado nesta quarta e exige que o artista, cujo nome verdadeiro é William Bruce Rose, enfrente um julgamento com a presença de júri.
“Rose usou sua fama, status e poder como celebridade e artista na indústria musical para obter acesso para manipular, controlar e agredir violentamente Kennedy”, destaca a denúncia.
Te podría interesar
Os advogados de Sheila afirmam que “esta ação é oportuna de acordo com a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York”, que permite que supostas vítimas de abuso sexual ingressem com ações civis depois do prazo de prescrição.
A modelo conta, nos documentos, que conheceu o vocalista em uma boate. Naquela noite, ele a teria convidado junto com outras modelos para “continuar a festa” em seu quarto. Lá, Axl teria atacado Sheila quando ela saiu do banheiro. A vítima afirmou ter sido “violentamente empurrada contra a parede e beijada”.
Ainda conforme a modelo, ela decidiu seguir na festa porque “achava Rose atraente e não estava inteiramente oposta à ideia de dormir com ele”. Porém, em seguida, o cantor passou a fazer sexo com duas modelos, o que teria deixado Sheila “desconfortável”.
Mãos amarradas e estupro
Depois disso, Axl teria jogado a modelo na cama e amarrado suas mãos por trás do corpo utilizando uma meia-calça. Sheila alega que, exatamente naquele momento, o artista a estuprou, “penetrando o seu ânus à força”. O documento aponta que ele “a tratou como propriedade, e a usou apenas para o seu prazer sexual”, e que, além disso, “ele não usou camisinha”.
“Sheila não consentiu a este ato, e se sentiu desamparada. Ela sentiu que não tinha escapatória, que estava sendo obrigada a concordar com o que estava acontecendo. Ela acreditava que Rose a atacaria fisicamente, ou faria coisa pior, caso ela tentasse lutar. Entendeu que a coisa mais rápida a se fazer era deitar na cama e esperar que Rose terminasse”, diz o documento.
Sheila alega, também, que teve de conviver com sintomas de estresse pós-traumático após o caso, além de ter sofrido de ansiedade e depressão ao longo dos anos, o que prejudicou a sua carreira.