A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi às redes sociais, neste domingo (13), para criticar Eliane Cantanhêde, comentarista da GloboNews, por um comentário considerado machista contra a futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.
Em declaração ao vivo no programa "Em Pauta", na noite de sexta-feira (11), Cantanhêde havia afirmado que Janja "já incomoda", citou primeiras-damas que no conceito dela seriam exemplares e sugeriu que o papel da esposa de Lula no governo deveria se restringir "ao quarto do casal", criticando ainda o "excesso de espaço" da esposa do presidente eleito Lula na equipe de transição de governo.
Te podría interesar
Em uma "aula" de feminismo à jornalista, Dilma citou a filósofa francesa Simone de Beauvoir: "Em defesa das mulheres: um dos fatos mais preconceituosos da semana foi a tentativa da jornalista Eliane Cantanhêde de reviver o triste, lamentável e misógino episódio do 'bela, recatada e do lar'. A jornalista que critica uma mulher por 'ocupar excesso de espaço, participar de reuniões e dar palpites' é preconceituosa. Simone de Beauvoir ensinou que o opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos".
"Exigir das primeiras-damas que sejam silenciosas é reproduzir pior da misoginia e do machismo. Janja tem de ser respeitada. Lugar de mulher é onde ela quiser estar. Isto vale para jornalista, vale para militante que seja mulher de presidente, vale para cada uma de nós, mulheres", prosseguiu a ex-presidenta.
Te podría interesar
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também se solidarizou com Janja após as declarações de Cantanhêde. "Estamos juntas, querida Janja. O Brasil precisa ser reconstruído e você tem um papel importante ao lado do Presidente eleito", publicou em suas redes sociais neste domingo (13).