Em um ato classificado pela categoria como de reafirmação do compromisso com o desenvolvimento do Brasil, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) entregou uma carta ao presidente Lula (PT), destacando prioridades e reivindicações da categoria petroleira. A entrega aconteceu durante o evento que anunciou o Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobrás, em Angra dos Reis (RJ).
O documento sublinha a luta pela construção de um país mais justo e democrático, com a defesa de uma Petrobrás integrada e sob o controle do Estado, capaz de gerar empregos de qualidade e promover o desenvolvimento nacional; destaca a importância da Petrobrás como indutora do crescimento econômico e social; e ressalta que, em momentos de ataques e tentativas de privatização, a relação da empresa com seus trabalhadores se deteriora. Nesse contexto, a FUP reitera que a valorização da categoria petroleira é essencial para o sucesso da companhia e para a preservação do papel estratégico da Petrobrás no Brasil.
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A carta enumera preocupações urgentes, como a revisão do Marco Legal das Estatais, a reestatização dos ativos vendidos, a retomada da produção de fertilizantes e o fortalecimento da indústria naval, com maior conteúdo nacional. Além disso, defende uma transição energética justa e inclusiva, que envolva os trabalhadores e suas representações, e reivindica o reconhecimento e respeito aos aposentados da Petrobrás e suas famílias.
Diálogo com entidades sindicais
A federação reafirma a necessidade de a Petrobrás fortalecer o diálogo com as entidades sindicais e garantir condições de trabalho mais justas, como a implementação de políticas que respeitem as negociações coletivas e combatam a individualização das relações de trabalho.
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A entrega da carta ao presidente da República foi feita por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, destacando que “a retomada das encomendas da Petrobrás é um marco de recuperação e crescimento da construção naval e do país”.
Ele lembrou que a perspectiva é de geração de mais de 44 mil novos postos de trabalho no setor, com investimentos em estaleiros em diversas regiões do país. E se reportou ao período dos primeiros governos de Lula e de Dilma Rousseff quando, em 2013, o setor naval alcançou o pico de 84 mil postos de trabalho, abrangendo 12 estaleiros no Brasil.
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