A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizarão o ato público “Lutar não é crime”, neste sábado (8). O início está marcado para o meio-dia, em São Paulo, com a presença de parlamentares, personalidades e lideranças sociais.
Na abertura da atividade, será oferecido um almoço a preços populares, feito com alimentos orgânicos cultivados e preparados pelo MST. Haverá também uma feira com produtos artesanais produzidos por mulheres.
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A mobilização é suprapartidária e sai em defesa dos mandatos de seis deputadas de esquerda que estão enfrentando uma tentativa de intimidação no Conselho de Ética da Câmara. Também é uma resposta à perseguição sofrida pelo MST, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) repleta de arbitrariedades.
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Entenda os motivos que levaram à mobilização:
CPI do MST
Sâmia é integrante titular do PSOL na CPI, que tem como relator o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), e na presidência o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS). A Comissão foi criada pela base bolsonarista para criminalizar o movimento social, que luta em favor da reforma agrária e tem sido alvo de mentiras e crimes de abusos de autoridade e violência política de gênero.
Tentativa de intimidação de deputadas
Quando a Câmara aprovou o Marco Temporal (PL nº 490/2007), muitos parlamentares de esquerda se manifestaram no plenário contra a proposta que representa um verdadeiro extermínio de diversos povos originários do Brasil.
O PL, partido de Bolsonaro, protocolou um pedido de cassação coletiva de seis mulheres que participaram do protesto. As deputadas são Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).
Em 14 de junho, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, protocolou ações individuais para cada uma das seis deputadas. Em quatro horas, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e seu presidente, Arthur Lira (PP-AL), deram aval para que os processos fossem instaurados no mesmo dia. O tempo é considerado recorde, o que revela uma tentativa machista de intimidação das deputadas.
Informações do evento
Ato público “Lutar não é crime”.
Sábado (8/7), a partir das 12h.
Alameda Eduardo Prado, 499, Santa Cecília, São Paulo (em frente à loja Armazém do Campo).
Entrada gratuita.