DRAMA REAL

Coreia do Sul: o dorama político do golpe cancelado e o escândalo da bolsa Dior

O papel da primeira-dama sul-coreana na intentona golpista fracassada, liderada pelo presidente de extrema direita apelidado de "Sergio Moro"

Golpe cancelado na Coreia do Sul pode ser roteiro para dorama político..Primeira-dama, Kim Keon-hee, ganha uma bolsa Lady Dior do pastor Choi Jae-young; Ahn Gwi-ryeongh confronta soldado e presidente Yoon Suk-yeol anuncia golpe de Estado.Créditos: Yonhap News Agency
Escrito en MODA E POLÍTICA el

O golpe cancelado na Coreia do Sul poderia ser o roteiro de um dorama: um golpe de Estado liderado pelo presidente Yoon Suk-yeol durou apenas seis horas antes de ser cancelado pela pressão do parlamento e da sociedade.

Imagem gerada por IA - Um cartaz do dorama político da Coreia do Sul

Tanques nas ruas, declarações bombásticas e vídeos virais nas redes sociais deram ares de drama a um episódio que será lembrado como um dos mais tumultuados da história política sul-coreana.

A heroína viral: Entre os momentos mais icônicos, a jornalista e política Ahn Gwi-ryeong confrontou um soldado armado, exigindo saber se ele não sentia vergonha de marchar contra civis. O vídeo tornou-se viral, simbolizando a resistência popular contra as ações autoritárias de Yoon.

O escândalo da bolsa Dior: Enquanto o país ainda digeria o golpe fracassado, o escândalo envolvendo a primeira-dama, Kim Keon-hee, ressurgiu como pano de fundo. Conhecida por seu gosto por marcas de luxo, Kim foi acusada de aceitar uma bolsa Dior de um pastor coreano-estadunidense, Choi Jae-young, em 2022. A entrega foi registrada por uma câmera escondida, gerando suspeitas de corrupção e má conduta. Embora absolvida pelas autoridades, o episódio afetou gravemente a imagem pública do governo.

Os personagens secundários: O pastor Choi, uma figura controversa ligada tanto à unificação das Coreias quanto a teorias da conspiração, adiciona camadas ao enredo. Sua participação em cerimônias na Coreia do Norte e sua expulsão de um presbitério por supostas atividades pró-Pyongyang trouxeram à tona debates sobre ética religiosa e política.

Golpe e consequências: O presidente Yoon, frequentemente comparado ao ex-juiz brasileiro Sergio Moro, foi descrito como um líder polarizador com tendências autoritárias. Seu estilo, apelidado de "K-Trumpismo", agora enfrenta o risco de impeachment.

Não foi ficção

Reprodução YouTube - Presidente anuncia golpe em pronunciamento por vídeo.

A Coreia do Sul e o mundo acompanharam o desenrolar de um golpe de Estado que durou seis horas até ser cancelado. O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, declarou lei marcial para, na justificativa dele, proteger a ordem constitucional e combater supostas ameaças de forças comunistas pró-Coreia do Norte. Não colou. 

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Horas depois, a Assembleia Nacional do país aprovou uma resolução unânime exigindo o cancelamento do golpe de Estado. Agora, Yoon deve enfrentar as consequências da medida drástica e atrapalhada. Há risco de que ele sofra, inclusive, um impeachment.

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Ao longo das seis horas em que o golpe perdurou, tanques foram colocados nas ruas e a democracia (neo) liberal sul-coreana parecia à beira da extinção. Tudo filmado e postado nas redes sociais. Um genuíno dorama político transmitido em tempo real.

Cenas como a da jornalista e política Ahn Gwi-ryeong, que aparece confrontando um soldado, viralizaram mundo afora.

Escândalo da bolsa Dior

Reprodução YouTube - Primeira-dama no encontro com o pastor

Nesse dorama político ganha destaque o papel da primeira-dama Kim Keon-hee. Frequentemente chamada de "fashionista" graças à sua preferência por marcas de luxo e caríssimas, atrai a atenção da mídia e do público. 

Kim é conhecida por usar peças da Christian Dior, Chanel e outras grifes luxuosas, o que faz o contraponto de primeiras-damas anteriores, que geralmente mantinham um perfil mais discreto.

Reprodução Dior

Foi justamente uma peça de luxo que a colocou em apuros. Em setembro de 2022, apenas quatro meses após o marido ser empossado como presidente da Coreia do Sul, Kim recebeu uma carteira Dior com corrente feita em pele de bezerro, avaliada em aproximadamente 3 milhões de won (cerca de R$ 16.500 hoje), das mãos do pastor coreano-estadunidense Choi Jae-young.

O encontro foi secretamente filmado por Choi, que utilizou uma câmera escondida para registrar a entrega do presente. Posteriormente, o vídeo foi divulgado no canal de YouTube Voice of Seoul, conhecido por sua postura crítica ao governo.

A divulgação das imagens gerou uma onda de críticas públicas e levantou suspeitas de que a primeira-dama teria violado as rigorosas leis anticorrupção da Coreia do Sul, que proíbem funcionários públicos e seus cônjuges de aceitar presentes de alto valor. A oposição utilizou o incidente para questionar a integridade do governo, sugerindo possíveis influências políticas indevidas.

Em resposta às acusações, o presidente Yoon defendeu a esposa, afirmando que ela aceitou o presente por cortesia e sem qualquer intenção de favorecimento. No entanto, o episódio afetou negativamente a popularidade do presidente e intensificou as críticas ao seu governo. 

Após meses de investigação, em outubro de 2024, os promotores sul-coreanos decidiram não apresentar acusações formais contra Kim Keon-hee. Concluíram que, embora ela tenha recebido a bolsa, produtos de beleza da Chanel e uísque do pastor Choi, esses presentes não estavam relacionados às suas funções oficiais, e não houve evidências de troca de favores.  O pastor Choi também teve as acusações de corrupção retiradas. 

Apesar do arquivamento das acusações, o incidente deixou marcas significativas no cenário político sul-coreano, contribuindo para uma derrota eleitoral do partido governista em abril de 2024 e levantando debates sobre a ética e a transparência no governo.

Um romance de dorama

Governo da Coreia do Sul - Kim e Yoon Suk-yeol

Kim e Yoon Suk-yeol se conheceram no início da década de 2010 e se casaram em 2012 quando ele tinha 52 anos e ela, 40. Em entrevistas, Kim brincou sobre o início do relacionamento, mencionando que Yoon "não tinha dinheiro" e que ela foi essencial para que ele conseguisse se casar. O casal não tem filhos. 

Desde que Yoon foi eleito presidente em 2022, Kim assumiu um papel ativo como primeira-dama. Durante declarações públicas, afirmou que pretende ajudar o marido a se concentrar na administração do país, enquanto trabalha em projetos sociais que abrangem áreas que, segundo ela, o governo "não alcança". 

Fraude na biografia

Korea Times - Primeira-dama fraudou o próprio currículo

O estilo moderno dela como primeira-dama tem sido polarizador e atrai tanto elogios quanto críticas. Kim é empresária e personalidade pública, conhecida por seu envolvimento com o mundo da arte e pelas controvérsias de sua trajetória. 

Nascida em 1972, Kim é graduada em Pintura pela Universidade Kyonggi, mestre em Educação Artística e doutora em Design de Conteúdo Digital. Antes de se tornar empresária, trabalhou como professora em escolas e universidades.

Em 2007, fundou a Covana Contents, uma empresa voltada para a organização de exposições culturais e artísticas. Sob sua liderança, a Covana trouxe ao público sul-coreano exposições de artistas renomados como Marc Chagall, Alberto Giacometti e Mark Rothko. 

Durante a campanha presidencial de Yoon, ela enfrentou acusações de falsificação de currículo, alegando que havia "exagerado" suas qualificações para cargos acadêmicos. O incidente a levou a pedir desculpas publicamente, marcando sua primeira aparição significativa durante a campanha.

"Sergio Moro" da Coreia do Sul

Fotomontagem Wikipedia e Facebook - Yoon é considerado o Moro da Coreia do Sul

O protagonista desse dorama político é sem dúvidas o presidente Yoon, líder do recente golpe fracassado, é frequentemente comparado a Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e atual senador brasileiro, devido às semelhanças em suas transições do judiciário para a política.

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Ambos alcançaram notoriedade por liderar investigações anticorrupção de grande impacto. Yoon foi procurador-geral na Coreia do Sul, enquanto Moro atuou como juiz no Brasil, comandando a Operação Lava Jato. Suas trajetórias políticas compartilham discursos polarizadores e acusações de parcialidade e seletividade em suas atuações judiciais.

Yoon, associado ao "K-Trumpismo", construiu sua imagem como um "salvador" contra a corrupção, narrativa semelhante à de Moro, que prometeu "limpar a política" ao ingressar no governo de Jair Bolsonaro. Ambos enfrentam críticas por suas conexões com a extrema direita e a politização da justiça, fatores que polarizaram suas respectivas sociedades.

Participação do pastor na trama

Yonhap - Pastor Choi Jae-young

Outro personagem central nessa trama sul-coreana é o pastor Choi Jae-young. Depois de presentear a primeira-dama com uma bolsa Dior, ele passou a vivenciar um verdadeiro purgatório.

O incidente entre o pastor e a primeira-dama se transformou em um dorama da vida real na Coreia do Sul ao levantar questões sobre possíveis violações da Lei de Solicitação Imprópria e Suborno.

Em maio de 2024, Choi foi convocado pela Promotoria do Distrito Central de Seul para prestar depoimento como suspeito, enfrentando acusações de violação da lei anticorrupção, invasão de propriedade e obstrução de funções oficiais.

Durante as investigações, registros de mensagens revelaram que Choi enviou uma foto da bolsa Dior para a primeira-dama através do aplicativo KakaoTalk, solicitando um encontro para entregar o presente. Após insistência, uma reunião foi agendada no escritório de Kim em setembro de 2022, onde Choi entregou a bolsa e registrou o encontro secretamente.

Em setembro de 2024, um comitê independente de revisão de investigações recomendou a acusação de Choi sob a Lei de Solicitação Imprópria e Suborno, após deliberações que duraram mais de oito horas. Essa recomendação colocou a promotoria em uma posição delicada, já que anteriormente o mesmo comitê havia sugerido que a primeira-dama não fosse indiciada por aceitar o presente.

Além disso, Choi enfrentou investigações por suposta difamação e violação da Lei de Eleições de Oficiais Públicos, relacionadas a declarações feitas durante palestras em fevereiro e março de 2024. Em agosto de 2024, a polícia decidiu encaminhar Choi à promotoria por essas acusações adicionais.

Pastor pró-unificação das Coreias

Shuterstock - Coreia dividida

O pastor Choi ganhou destaque no escândalo da bolsa Dior. Ele foi acusado de tentativa de influência, um caso amplamente debatido na mídia e que gerou críticas sobre sua conduta como líder religioso.

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A trajetória de Choi é marcada por atividades religiosas consideradas controversas pelas forças conservadoras sul-coreanas e envolvimento em debates políticos.

Com formação acadêmica em teologia e filosofia em instituições renomadas na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, Choi foi ordenado pastor pela Igreja Presbiteriana da Coreia, mas sua afiliação exata a presbitérios tem sido alvo de questionamentos.

Choi ganhou notoriedade como pastor sênior da Igreja da Luz da Glória desde 2011. Contudo, sua atuação como líder religioso foi eclipsada por suas atividades políticas e seu suposto alinhamento pró-Coreia do Norte. Ele foi expulso do Presbitério do Sul da Califórnia em 2015 devido a essas controvérsias.

O pastor também é conhecido por viajar entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Coreia do Norte, onde participou de cerimônias em cemitérios dedicados a mártires revolucionários. Essas atividades geraram acusações de alinhamento com o regime norte-coreano e violação da Lei de Segurança Nacional da Coreia do Sul. Apesar disso, ele foi inocentado em investigações sobre tais acusações.

Em 2020, ele declarou em uma entrevista que havia liberdade religiosa na Coreia do Norte e que existiam cerca de 500 igrejas domésticas no país, uma posição amplamente criticada por negar a opressão religiosa documentada no regime.

Choi é associado a teorias da conspiração sobre o naufrágio do navio de guerra Cheonan e à promoção de ideias alinhadas à propaganda norte-coreana em publicações e eventos. Ele também foi próximo de Shin Eun-mi, figura controversa por realizar atividades culturais com tom pró-Coreia do Norte.

Esse personagem do dorama político da Coreia do Sul permanece uma figura polarizadora, visto por alguns como um ativista pela unificação e por outros como alguém que ultrapassou os limites éticos e legais. Sua trajetória reflete a interseção complexa entre religião, política e ideologia em um país dividido por questões históricas e geopolíticas.

Teorias da conspiração atribuídas a Choi

O pastor Choi tem sido acusado de disseminar teorias da conspiração que frequentemente envolvem temas politicamente sensíveis e polarizadores na região.

1. Naufrágio do Cheonan (2010)

Choi é acusado de promover uma teoria de que o naufrágio do navio de guerra sul-coreano Cheonan (leia abaixo), que resultou na morte de 46 marinheiros, não foi causado por um ataque de torpedo da Coreia do Norte, conforme alegado pelo governo sul-coreano e corroborado por uma investigação internacional.

Ele teria sugerido que o incidente poderia ter sido resultado de falhas internas no navio ou até de uma explosão causada por minas marítimas antigas, negando o envolvimento norte-coreano. Essa posição é vista como uma tentativa de alinhar-se à narrativa norte-coreana e minar a postura oficial da Coreia do Sul e de seus aliados, como os EUA.

2. Propaganda Pró-Coreia do Norte

Choi é frequentemente acusado de endossar propaganda norte-coreana em artigos, palestras e eventos. Ele teria afirmado que os restaurantes de Pyongyang são mais sofisticados que os de Seul e que há liberdade religiosa na Coreia do Norte, negando a repressão documentada contra grupos religiosos no país.

3. Alinhamento com Grupos Pró-Coreia do Norte

Choi esteve associado a grupos e publicações pró-Coreia do Norte, como o "Minjok Tongshin," liderado por Noh Gil-nam, outro figura controversa conhecida por defender posições alinhadas a Pyongyang. O pastor teria participado de eventos e contribuído com artigos que promovem a narrativa norte-coreana e criticam o papel dos EUA na península coreana.

4. Ponto de vista anti-hegemônico

Choi participou de eventos na Coreia do Norte, incluindo visitas a cemitérios de mártires revolucionários e outras cerimônias que celebram figuras e eventos históricos de Pyongyang. Críticos dizem que essas ações demonstram um apoio implícito ao regime norte-coreano. Ele é acusado de reinterpretar eventos históricos, como o papel dos EUA na Guerra da Coreia, de forma favorável ao regime de Kim Jong-un.

5. Política Interna da Coreia do Sul

Durante crises políticas, Choi teria sugerido que certas investigações ou movimentos políticos contra figuras públicas eram conspiratórios, servindo aos interesses de forças alinhadas aos EUA ou à extrema direita sul-coreana.

As ações e declarações de Choi polarizam opiniões na Coreia do Sul. Os apoiadores o veem-no como um ativista pela unificação das Coreias e um crítico da influência dos EUA na península. Já os críticos o consideram um propagandista que enfraquece a segurança nacional sul-coreana e promove narrativas que legitimam a repressão do regime de Kim Jong-un.

Essas acusações contra Choi Jae-young continuam a alimentar debates sobre o papel de figuras religiosas e políticas na Coreia do Sul, especialmente em temas relacionados à segurança nacional e às relações intercoreanas.

O naufrágio do Cheonan

Wikipedia - Navio de guerra Cheonan

O naufrágio do navio de guerra Cheonan, em 26 de março de 2010, é um dos incidentes mais significativos e controversos na recente história das relações entre as Coreias e envolve o nome do pastor Choi Jae-young.

O navio sul-coreano afundou no Mar Amarelo, próximo à ilha de Baengnyeong, resultando na morte de 46 marinheiros. Este evento provocou tensões significativas entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e atraiu atenção global devido às suas implicações geopolíticas.

A corveta de patrulha de 1.200 toneladas, estava em missão rotineira próximo à Linha de Limite do Norte, uma fronteira marítima disputada entre as Coreias. Às 21h22 (horário local), uma explosão ocorreu na parte traseira do navio, partindo-o em dois e levando ao seu naufrágio. Das 104 pessoas a bordo, 58 foram resgatadas com vida, mas 46 marinheiros morreram, tornando este um dos piores desastres navais da Coreia do Sul.

Uma equipe internacional composta por especialistas da Coreia do Sul, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Suécia conduziu uma investigação. Em maio de 2010, o relatório concluiu que o naufrágio foi causado por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano. Fragmentos do torpedo foram recuperados, com inscrições em caracteres norte-coreanos.

A Coreia do Norte negou categoricamente envolvimento no incidente, classificando as alegações como uma "fabricação" e propondo realizar sua própria investigação independente. Pyongyang também alertou para retaliações caso fosse punida pela Coreia do Sul ou pela comunidade internacional.

Alguns grupos na Coreia do Sul e em outros países questionaram as conclusões da investigação, levantando hipóteses alternativas, como falhas internas no navio ou uma explosão causada por minas marítimas antigas.

O incidente levou ao congelamento quase total dos laços diplomáticos entre as Coreias. A Coreia do Sul suspendeu o comércio com o Norte, intensificou exercícios militares conjuntos com os EUA e reforçou a presença militar na região.

A ONU condenou o ataque, mas evitou mencionar diretamente a Coreia do Norte, devido à oposição da China e da Rússia no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso com a defesa da Coreia do Sul.

O então presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, adotou uma postura dura contra o Norte, ampliando sanções e descartando negociações até que Pyongyang assumisse a responsabilidade.

Mais de uma década após o incidente, o naufrágio do Cheonan continua a ser um tema de discussão na Coreia do Sul, frequentemente usado como ponto de partida para debates sobre segurança nacional e relações intercoreanas.

Para a Coreia do Norte, as acusações permanecem um exemplo de "propaganda hostil" usada para justificar sanções e exercícios militares na península.

Com tanques nas ruas, luxos controversos e figuras que parecem saídas de um roteiro de ficção, o recente capítulo da política sul-coreana é um verdadeiro dorama da vida real, repleto de tensão, intriga e personagens que dividem opiniões.

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