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Repórter do SBT: polícia favoreceu “outra emissora” no caso Vitória

Rafael Batalha descreveu as dificuldades que teve na cobertura do assassinato da jovem de 17 anos, que estava desaparecida há uma semana

Rafael Batalha.Créditos: Reprodução de vídeo/SBT
Escrito en MÍDIA el

O repórter do SBT, Rafael Batalha, gravou forte denúncia em sua conta do Instagram na noite desta quarta-feira (5), afirmando que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) e a Polícia Civil favoreceram outra emissora com informações sobre o assassinato da jovem Vitória Regina.

"Em primeiro lugar, queria deixar aqui um grande abraço a toda a família da Vitória, minha solidariedade. Eu que acompanhei as buscas pela menina de 17 anos desde o início, senti a dor, a angústia e agonia dessa família. Infelizmente, hoje veio a notícia que ela foi encontrada sem vida", disse ele.

A seguir, o repórter afirmou que “em toda cobertura desse tipo, a gente encontra inúmeras dificuldades, mas meu desabafo aqui fica em relação ao que aconteceu há alguns dias do nosso trabalho, e principalmente hoje. Houve a constatação de que houve privilégios de agentes públicos a uma outra emissora”.

"O Tá Na Hora hoje, o SBT, fez uma cobertura brilhante, 100% comprometida com a verdade. Um trabalho profissional perfeito, mas que valeu todo o empenho da nossa equipe", prosseguiu.

Batalha afirmou também:

"Quando a gente vê que se trata de uma família, que se trata da dor de uma família em busca de notícia, qualquer informação de um parente, a gente tem que ter um pouco de empatia."

Segundo ele, "a gente tem que pensar que tem uma família desesperada, antes daquela gana de poder dar a notícia. Hoje ficou muito claro que alguns agentes públicos privilegiaram outra emissora em relação à informação", acusou.

"Assim que eu tomei conhecimento desse privilégio, entrei em contato com alguns superiores, mas disse que nosso compromisso, da minha equipe principalmente, era dar a volta e fazer nosso trabalho. Com muito respeito, com muita responsabilidade. E foi assim", disse.

"Sacanagem"

"Apesar dessa sacanagem que fizeram, não só com o SBT mas com as outras emissoras que estavam cobrindo o caso também, a gente conseguiu pelo brilhantismo do nosso profissionalismo e do nosso comprometimento, fazer esse trabalho que considerei 100% profissional, 100% brilhante", destacou.

O jornalista denunciou o poder público que, segundo ele, aguardou a chegada de uma emissora em específico para poder dar as informações sobre o caso. A rede em questão divulgou a notícia de maneira exclusiva.

"Essas pessoas que fizeram isso talvez não tenham coração. Talvez elas não paguem aqui em vida, mas Deus está vendo tudo isso. Eles preferiram aguardar um momento exato, para poder chegar uma outra emissora, para poder dar a notícia de maneira exclusiva para aquelas pessoas de que havia sido encontrado um corpo. Simplesmente ignoraram o nosso trabalho, o nosso profissionalismo. Mas é assim. A gente luta", encerrou.

Veja o vídeo abaixo:

O que disse a SSP

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou ao Notícias da TV que "esta Ouvidoria não se pronunciou sobre este caso com qualquer veículo. E, quando é o caso, atende a todos igualitariamente".

A Polícia Civil não retornou o contato da reportagem.

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