Hugo Gross, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro (Sated-RJ), fechou o cerco contra a Globo e reforçou que a entidade vai intensificar a fiscalização sobre a contratação de atores sem registro profissional.
A decisão tem como principal motivação o caso de Rafa Vitti, que teve sua regularização questionada. O ator está escalado para a próxima novela das 19 horas da Globo, chamada “Dona de Mim”.
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Gross defendeu que a regulamentação da profissão é imprescindível para assegurar oportunidades a artistas que estão devidamente qualificados. Ele ainda criticou a tendência de emissoras de contratar influenciadores digitais sem experiência na atuação.
“[O registro profissional] é obrigatório para a gente valorizar a categoria e para não pegarem pessoas sem registro, pessoas que não são qualificadas, e inserirem no mercado, tirando pessoas que estudaram, como Fernanda Montenegro, a própria Fernanda Torres”, declarou Gross, em entrevista à Contigo.
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O presidente do sindicato também mencionou o caso da influenciadora Patrícia Ramos, que tentou conseguir um papel em novela sem possuir registro profissional.
“Teve uma menina que foi lá que não tem registro profissional, ela é figurante e ela falou que ela já podia exercer a função porque ela trabalha muito, que é a tal de Patrícia Ramos. Tem muitos seguidores, ela é boa para falar aquilo ali. As pessoas hoje se acham assim: ‘Ah, eu posso falar o que eu quero’. É um direito que cada um tem, mas ela tinha registro de figuração. E aí não é atriz. Então, não tem como ter um registro profissional. E a gente vai é fazer de que maneira? Vamos votar com ações em cima. Mas a lei, uma vez que uma pessoa escolhida aqui não tem registro, a gente abre uma exceção dentro das normas da Lei 6533/78 com um pedido da autorização específica, especial. Foi o caso de Jade Picon para fazer a novela ‘Travessia’”, relatou.
Denúncias junto ao MP
Gross ainda acusou emissoras de tentarem burlar exigências da entidade e criticou a preferência por nomes populares em detrimento de profissionais qualificados.
“Se o registro não for cumprido, automaticamente o departamento jurídico do sindicato vai entrar em cima, junto com ações, denúncias junto ao Ministério Público, multas para qual empresa estiver contratando. A lei tem que ser cumprida. É muito melhor você pegar um ator que realmente tenha qualificação e possa exercer a função de maneira clara, respaldado dentro da lei e que tem registro profissional”, disse.
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