A TV Globo censura jornalistas da casa que se atrevem a fazer críticas ao programa Big Brother Brasil (BBB). Segundo o “BBB do Vaquer”, do f5, da Folha, a emissora orientou, em 2022, seus profissionais de imprensa a “evitarem” comentários sobre o reality.
O eufemismo “evitarem” logo foi substituído por “orientados a apagarem as postagens”, no caso de críticas a participantes do programa. Em outras palavras e sem mais delongas, pura censura.
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O primeiro caso citado pela coluna foi o de repórteres da GloboNews que fizeram críticas a Wanessa Camargo e Giovanna Lima, no antigo X (ex-Twitter). Eles foram orientados a apagarem as postagens.
Profissionais do jornalismo da Globo foram, mais uma vez, orientados a não tecerem críticas ou elogios aos confinados, e a tomarem cuidado com o que falam.
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Bahia
Outro caso citado ocorreu com os jornalistas Jéssica Senra e Ricardo Ismahel, da afiliada da Globo na Bahia. Senra disse em sua coluna que Wanessa Camargo usava o estereótipo do "homem negro e perigoso" para desqualificar Davi Brito no reality. Os textos e vídeos foram postados pelo portal iBahia, que pertence à Rede Bahia, afiliada da Globo na capital baiana.
Segundo a coluna, os textos foram apagados das redes e do site do iBahia, e também das páginas pessoais dos apresentadores. O vídeo com Senra falando de Wanessa já tinha viralizado em sua página oficial, e tinha mais de 3 milhões de visualizações e segue repercutindo em outras páginas, onde foi reproduzido.
Diretrizes
O Grupo Globo atualizou suas diretrizes em 2018, sobre uso de redes sociais por seus funcionários: "Quando essa pessoa é um jornalista, a sua atividade pública acaba relacionada ao veículo para o qual trabalha. Se tal atividade manchar a sua reputação de isenção manchará também a reputação do veículo".
"Em sua atuação nas redes sociais, o jornalista deve evitar tudo o que comprometa a percepção de que o Grupo Globo é isento. Por esse motivo, nas redes sociais, esses jornalistas devem se abster de expressar opiniões políticas, promover e apoiar partidos e candidaturas, defender ideologias e tomar partido em questões controversas e polêmicas que estão sendo cobertas jornalisticamente pelo Grupo Globo", diz ainda o texto.
A Globo foi procurada pelo f5 e não respondeu até a última atualização deste texto.