Paula Picarelli, que fez casal lésbico com Alinne Moraes em "Mulheres Apaixonadas", que é reprisada pela TV Globo atualmente, ficou sumida durante nove anos.
Ela entrou para uma seita e contou toda a experiência no livro “Seita”, lançado em 2018. Nele, ela conta o período que passou em um culto, que, entre outras coisas, envolvia o consumo de ayahuasca — bebida alucinógena usada em rituais religiosos.
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No livro, ela mistura ficção e realidade. "Eu trago passagens que realmente aconteceram e outras que invento, mas sempre a partir da minha experiência", contou em entrevista a Universa em 2018.
Ela falou ao Universa na época:
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“Eu tinha um certo complexo de inferioridade e hoje vejo isso com mais clareza. Me sentia burra e achava que as pessoas da seita eram interessantes, inteligentes e sabiam melhor o que fazer com a minha vida. Eu achava que tinha poderes paranormais. As pessoas me diziam isso e eu acreditava, me sentia especial. Quem não quer se sentir diferente dos outros?”
Ela contou como decidiu sair: "Quando se começa a questionar alguma coisa ali, o último recurso deles são ameaças. O último fio que me ligou ao grupo foi o medo. Tinha medo de que alguém louco de ayahuasca pudesse me fazer mal, até no plano espiritual. Aí entendi que não podia ficar apenas por medo. Resolvi sair".
Apesar de afastado das novelas, ela seguiu na TV e atuando. Paula apresentou o programa Entrelinhas, da TV Cultura, de 2005 a 2013. Também atuou nas séries "Psi" e Escola de Gênios (2018-2020) e segue no teatro.
“Faço parte da Cia. Hiato, companhia de teatro aqui de São Paulo. Com esses parceiros e amigos passei pelos principais festivais de teatro do país. Estivemos também na Alemanha, Chile, Holanda, Bélgica, Colômbia, Áustria, Romênia, EUA, Portugal e Grécia”, disse ela ao gshow.
Ela tem, atualmente, uma filha, Sofia, de 11 anos. "Sofia adora a história da novela e quer assistir comigo. Aqui, pelo menos dentro da bolha progressista da qual faço parte, o avanço está sendo gigante. Nossos filhos são criados com abertura de diálogo. Nós não precisamos nos esconder e disfarçar nossos amigos e amigas gays, e as crianças não têm estranhamento com relação a isso, comprovo isso diariamente. É uma realidade muito diferente das nossas criações", disse também ao gshow.