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Âncora da Jovem Pan paga geral a comentaristas: “contenham as fake news”

Disseminação de notícias falsas na emissora tem sido um problema grave, que já virou até inquérito do MPF; veja o vídeo aqui

Jovem Pan.Créditos: Reprodução
Escrito en MÍDIA el

Thiago Danezi, âncora da Jovem Pan Maringá, fez um apelo aos comentaristas da emissora no ar. Nesta quinta-feira (30), ele pediu ao vivo que eles se contenham ao dar notícias falsas. Sem citar nomes ou nenhum exemplo específico, ele falou:

“Gente, eu tenho dificuldade pra conter as fake news que vocês, comentaristas, dão aqui quase que diariamente”, afirmou. “Imagina isso numa entrevista, por exemplo. Vocês têm noção disso”, perguntou?

Veja o vídeo abaixo:

Alvo de investigação do MPF

A rede Jovem Pan foi alvo de um inquérito do Ministério Público Federal (MPF) em janeiro deste ano para apuras sua conduta na disseminação de conteúdos desinformativos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos.

O foco da investigação é a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país.

O órgão realizou levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan, a princípio, tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país.

Alexandre Garcia e a tutela das Forças Armadas

Nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, por exemplo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes. O comentarista Alexandre Garcia, contratado da emissora, chegou a fazer uma leitura distorcida da Constituição para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições. “É o poder do povo”, disse, em alusão ao artigo 1º da Lei Maior. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa.”